A produção da indústria no Brasil registrou, em setembro, um aumento de 1,1% frente a agosto. A marca revela a segunda elevação consecutiva, sucedendo um crescimento de 0,2% observado no mês anterior.
A Pesquisa Industrial Mensal (PIM), conduzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou esses dados na sexta-feira (1º).
Além do aumento mensal, a indústria brasileira também registrou um crescimento de 3,4% na comparação com setembro do ano anterior, marcando a quarta alta consecutiva em relação ao mesmo período de 2022. No acumulado do ano, o crescimento é de 3,1% e, considerando os últimos doze meses, atingiu 2,6%.
Quais setores impulsionaram o crescimento da indústria?
Entre os diversos setores da indústria, alguns se destacaram por suas contribuições expressivas ao crescimento observado em setembro. O setor de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis registrou um aumento de 4,3%, enquanto a produção de produtos alimentícios cresceu 2,3%. As informações são da Agência Brasil.
Os veículos automotores, reboques e carrocerias viram um aumento de 2,5%, demonstrando uma recuperação na indústria automotiva.
Outros setores que impulsionaram o crescimento incluem produtos do fumo, com um expressivo aumento de 36,5%, metalurgia com 2,4%, e máquinas, aparelhos e materiais elétricos com 3,3%. Ao todo, 12 dos 25 ramos industriais pesquisados apresentaram crescimento, compartilhando a trajetória positiva do setor.
Quais setores apresentaram queda?
Enquanto muitos setores registraram crescimento na pesquisa do IBGE, outros enfrentaram recuos significativos. O setor de indústrias extrativas apresentou uma queda de 1,3%, e produtos químicos registraram um decréscimo de 2,7%. Além disso, a produção de outros equipamentos de transporte diminuiu 7,8%, enquanto os produtos farmoquímicos e farmacêuticos caíram 3,7%. O segmento de produtos de borracha e material plástico, por outro lado, manteve a estabilidade em sua produção.
IBGE : desempenho dos setores industriais
O desempenho das grandes categorias econômicas da indústria também varou em relação ao mês anterior. Três das quatro categorias registraram crescimento em setembro. Os bens de capital, que envolvem máquinas e equipamentos utilizados no setor produtivo, cresceram 4,2%.
Os bens intermediários, que inclui insumos industrializados utilizados no processo produtivo, apresentaram um crescimento de 1,2%. Já os bens de consumo semi e não duráveis, cresceram 0,6%.
No entanto, o segmento de bens de consumo duráveis registrou uma queda de 2,7%, destacando a instabilidade contínua em certos segmentos de mercado que dependem de produtos de maior ciclo de vida.
A taxa de desocupação caiu para 6,4% no trimestre de julho a setembro de 2024. Essa foi a 2° menor taxa de desocupação da série da #PNADContínua do #IBGE, iniciada em 2012, superando apenas a taxa do trimestre encerrado em dezembro de 2013 (6,3%). + https://t.co/wUkNbuiOkt pic.twitter.com/t9r6nWLRSa
— IBGE Comunica (@ibgecomunica) October 31, 2024