RELAÇÕES BILATERAIS

Comércio entre Brasil e Estados Unidos deve se manter estável, dizem diplomatas

Comércio entre Brasil e Estados Unidos deve se manter estável, dizem diplomatas
Os EUA são segundo parceiro comercial do Brasil – Crédito: Canva Fotos

As relações de comércio entre Brasil e Estados Unidos devem se manter estáveis, independentemente das mudanças de governo nos EUA após as eleições americanas.  Este fator permanece constante ao longo dos anos, mesmo que a presidência americana seja ocupada por um republicano ou um democrata.

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A estabilidade dessas relações é respaldada pela forte base de exportações de produtos essenciais como petróleo, aço e combustível, que representam uma parcela significativa do comércio bilateral.

Na avaliação de um diplomata, segundo a jornalista Letícia Casado do UOL, houve “uma continuidade muito grande” na linha de negócios entre os países desde a administração Trump, que encerrou em janeiro de 2021, e “o comércio vai seguir constante”.

Quais mudanças podem afetar o comércio entre os dois países?

Os Estados Unidos, sendo o segundo maior parceiro comercial do Brasil após a China, desempenham um papel vital no crescimento econômico do país sul-americano. No primeiro semestre de 2024, por exemplo, verificou-se um crescimento significativo das exportações brasileiras para o mercado norte-americano.

Este aumento salienta a persistência de uma “continuidade muito grande” no relacionamento comercial entre as duas nações, especialmente quando o foco é a política energética e o fornecimento de matéria-prima.

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A potencial vitória de Donald Trump nas eleições de 2024 levanta preocupações sobre possíveis alterações nas políticas tarifárias dos Estados Unidos. Trump manifestou interesse em aumentar tarifas de importação, o que poderia, eventualmente, elevar o custo das exportações brasileiras. Porém, tal medida necessitaria de aprovação do Congresso Americano.

Por outro lado, uma vitória de Kamala Harris poderia trazer um enfoque diferente, especialmente em relação às pautas climáticas e sociais, visto que Harris é uma figura central na agenda ambiental do governo Joe Biden.

Esta divergência indica que, independentemente do resultado eleitoral, diferentes setores comerciais estarão mais ou menos em evidência dependendo do partido no poder.

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Impactos das decisões políticas dos EUA no Brasil

A política externa dos EUA, como o protecionismo preconizado por Trump e sua postura contra acordos multilaterais, pode ter efeitos indiretos no Brasil. Historicamente, estas políticas resultaram em tensões comerciais com outros países, como a China, criando incertezas no cenário econômico global. Tais tensões possuem potencial para amedrontar investidores e frear o crescimento econômico, conforme observado anteriormente.

A expectativa entre diplomatas se assemelha à visão das Forças Armadas. “Se na área das relações internacionais as coisas são pragmáticas, na Defesa são mais pragmáticas ainda”, disse ao portal UOL um general quatro estrelas.

Entretanto, segundo analistas, o Brasil não figura como uma prioridade para os EUA. Contudo, pressões podem surgir para que o Brasil faça escolhas estratégicas nas relações com os EUA e a China, considerando as mudanças no cenário político internacional.

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