dados alarmantes

Intervenção policial mata um negro a cada 4 horas

policial
Créditos: FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL

A violência policial é um tema crítico quando se discute segurança pública no Brasil. Este fenômeno diz respeito às mortes causadas durante intervenções policiais e tem significativo impacto nas estatísticas de violência no país. Mas quais são as causas e os efeitos dessas intervenções letais? E como o contexto social e político influencia essa questão complexa?

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De acordo com o levantamento da Rede de Observatórios da Segurança, divulgado nesta quinta-feira (7), uma pessoa morreu a cada quatro horas em intervenções policiais. Esse foi o cenário em nove estados do Brasil em 2023.

Em São Paulo, por exemplo, a relação entre políticas públicas e a atuação das forças de segurança demonstra como certos ambientes podem potencializar a violência. Com uma elevada taxa de mortalidade em confrontos, é crucial analisar como tais políticas são formuladas e implementadas. Os números revelam um desequilíbrio racial entre vítimas, refletindo um problema mais amplo de desigualdade social e racial.

Como o governo influencia a violência policial?

A influência governamental nas taxas de letalidade policial é um ponto de discussão relevante. Governos que optam por uma abordagem de confronto direto podem aumentar significativamente as estatísticas de morte. Em São Paulo, a administração recente tem destacado a segurança como prioridade, utilizando a violência como ferramenta presumida para a manutenção da ordem.

Esse cenário é exemplificado por políticas que, direta ou indiretamente, encorajam práticas de confronto. A gestão de Tarcísio de Freitas, mencionada no contexto, traz à luz um aumento preocupante nos casos de letalidade policial, publicamente reconhecido e debatido.

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Por que a letalidade afeta principalmente a população negra?

Os dados revelam uma discrepância racial significativa: 66,3% das vítimas de intervenções policiais em São Paulo eram negras em 2023, enquanto a população negra representa 43,5% do total. Isso expõe uma continuidade histórica de desigualdade social e racial, onde comunidades negras, frequentemente situadas em áreas marginalizadas, enfrentam maior risco de violência.

O uso de força letal em operações policiais, especialmente em bairros periféricos, ressalta uma conexão entre discriminação racial e práticas de segurança pública. A implementação de operações como “Escudo” e “Verão” precisa ser avaliada em termos de impacto não apenas na segurança, mas também na coesão social.

Qual é o caminho para reduzir a letalidade policial?

Para combater a letalidade policial, é fundamental que políticas públicas sejam reformadas para enfatizar a proteção de vidas, tanto de civis quanto de policiais. Investir em treinamento adequado, promover o uso de tecnologias não letais e fortalecer a atuação comunitária podem ser passos vitais.

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A discussão sobre segurança não pode ignorar a necessidade de abordar as causas subjacentes da violência, incluindo desigualdade econômica e social. A criação de ambientes seguros passa pela garantia de direitos humanos básicos e pela redução das desigualdades estruturais.

Leia também: CASO JOÃO PEDRO MATTOS: O MENINO NEGRO QUE FOI MORTO DURANTE UMA OPERAÇÃO POLICIAL

 

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