As favelas e comunidades urbanas representam uma parte significativa da realidade social e econômica do Brasil. De acordo com o Censo Demográfico de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem 12.348 favelas no país. Essas áreas abrigam mais de 16 milhões de pessoas, o que equivale a cerca de 8,1% da população brasileira. A distribuição dessas favelas pelo território nacional não é uniforme, apresentando concentrações significativas em determinadas regiões.
A região Sudeste lidera com quase metade das favelas (48,7%), seguida pelas regiões Nordeste (26,8%), Norte (11,6%), Sul (10,4%) e Centro-Oeste (2,5%). Três estados merecem destaque por concentrarem quase a metade das comunidades: São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco. Essas áreas variam significativamente em tamanho, com mais de 70% das favelas sendo formadas por até 500 domicílios.
Quais são as maiores favelas do Brasil?
O censo elaborado pelo IBGE apresenta uma lista das maiores favelas do Brasil por número de moradores, destacando a diversidade e magnitude dessas comunidades. A Rocinha, localizada no Rio de Janeiro, é a maior favela, com 72.021 residentes. Seguindo-a está Sol Nascente, no Distrito Federal, com 70.908 habitantes, e Paraisópolis, em São Paulo, com 58.527 moradores. Essas favelas são não apenas as maiores em termos populacionais, mas também carregam importantes características socioculturais e desafios urbanos.
- Rocinha (RJ): 72.021 habitantes
- Sol Nascente (DF): 70.908 habitantes
- Paraisópolis (SP): 58.527 habitantes
- Cidade de Deus (AM): 55.821 habitantes
- Rio das Pedras (RJ): 55.653 habitantes
- Heliópolis (SP): 55.583 habitantes
- Comunidade São Lucas (AM): 53.674 habitantes
- Coroadinho (MA): 51.050 habitantes
- Baixadas da Estrada Novas Jurunas (PA): 43.105 habitantes
- Beiru (BA): 38.871 habitantes
Impacto demográfico e social
Existe uma diferença notável na composição racial e étnica entre quem vive dentro e fora das favelas. Cerca de 16% dos moradores de favelas se identificam como pretos, em comparação com 10% da população geral brasileira. A população parda também é representativa, com 56,8% dentro das favelas, em comparação com 45,3% fora delas. Esses números não são apenas estatísticas, mas sim um reflexo das profundas desigualdades que ainda permeiam a sociedade brasileira.
As favelas, além de suas dificuldades evidentes, são lugares de resistência cultural e social. Elas representam um espaço onde diversas formas de expressão cultural emergem e influenciam o cenário nacional. No entanto, a infraestrutura e os serviços básicos nessas áreas muitas vezes são inadequados, tornando fundamental uma abordagem coordenada de políticas públicas para enfrentar os desafios relacionados à habitação, segurança, educação e saúde.
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