Os Estados Unidos seguem uma tradição diplomática rigorosa em suas cerimônias de posse presidencial, que não contempla a presença de chefes de Estado estrangeiros. A posse de Donald Trump envolverá estas mesmas tradições. Embora o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, não compareça, esta ausência é vista como um reflexo da notória prática diplomática dos EUA.
Essa prática permite que a atenção se mantenha nos eventos internos, e os embaixadores locais que representam tais nações sejam os únicos a participar oficialmente. Este protocolo delicado evita que o evento se torne uma plataforma para relações internacionais complexas ou embaraçosas. Fontes diplomáticas confirmaram que a lista de convidados estrangeiros do novo presidente respeita o protocolo usual, deixando toda a representação estrangeira ao encargo das embaixadas locais.
Como a eleição de Trump afeta a relação Brasil-EUA?
A eleição de Donald Trump trouxe um novo rumo às relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos. O presidente Lula, que anteriormente apoiara a candidata Kamala Harris, empregou recentemente um tom mais cordial com Trump ao felicitá-lo por sua vitória. Essa mudança de postura pode ter como objetivo estabelecer uma base pragmática para o diálogo e cooperação durante esse novo mandato presidencial nos Estados Unidos.
Dada a polarização política existente, a estratégia de política exterior do Brasil busca evitar um alinhamento ideológico e priorizar o desenvolvimento de laços bilaterais que favoreçam o intercâmbio econômico e diplomático. O governo brasileiro deseja cultivar um relacionamento pragmático, em vez de adotar posturas polarizadoras.
O papel do Congresso brasileiro e a mobilização para a posse
Enquanto Lula opta por não comparecer à posse nos EUA, um movimento paralelo entre membros do Congresso Brasileiro sugere um desejo de demonstrar apoio à administração de Trump. Coordenados principalmente por parlamentares que compartilham da mesma linha ideológica conservadora de Trump, há um esforço para estar presente em eventos de posse no exterior, copiando movimentos similares em recentes posses de líderes de direita, como o caso na Argentina.
Essa mobilização de segmentos do Congresso brasileiro em direção a Washington reflete uma tentativa de criar pontes e apoiar ideologicamente líderes que compartilham de suas visões políticas. Essa atuação pode ser vista como um reflexo da contínua influência de políticas de direita na articulação política brasileira, mesmo diante da abordagem mais equilibrada que o governo de Lula pretende demonstrar.
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