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EUA lançam novos ataques contra Houthis no Iêmen, afirma oficial de defesa

Os EUA conduziram uma nova série de ataques contra alvos Houthi no Iêmen, completando uma segunda noite consecutiva de operações.
Seguidores Houthis gritam slogans enquanto participam de um protesto contra os ataques aéreos israelenses ao Líbano, em 27 de setembro de 2024, em Sana’a, Iêmen – Crédito: Getty Images

Os Estados Unidos conduziram uma nova série de ataques contra alvos Houthi no Iêmen, completando uma segunda noite consecutiva de operações, informou um oficial de defesa norte-americano no domingo (10). Apesar de os detalhes exatos sobre os tipos de armas e locais específicos atingidos não serem claros, houve relatos de explosões nas províncias de Amran e Saada, ao norte da capital, Sanaa. Essas áreas já foram alvos de ações militares dos EUA anteriormente.

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Alvos estratégicos e impactos regionais dos EUA

No sábado (9), os EUA usaram caças para atacar múltiplas instalações controladas pelos Houthis, apoiados pelo Irã. Entre os alvos, estariam depósitos de armas sofisticadas que o grupo usa para atacar navios de guerra e embarcações comerciais no Mar Vermelho e no Golfo de Áden. O Mar Vermelho, uma das rotas marítimas mais importantes do mundo e acesso direto ao Canal de Suez, por onde transita entre 10% e 15% do comércio global, vem sofrendo interrupções devido a esses ataques.

Aliados ao Irã, os Houthis, junto com o Hamas e o Hezbollah, mantêm uma posição ofensiva contra Israel e seus aliados desde o início do conflito em Gaza. O grupo declarou que continuará com os ataques até que um cessar-fogo seja firmado no enclave palestino. No Iêmen, o conflito Houthi intensifica a crise humanitária desde 2014, quando os rebeldes tomaram a capital Sanaa e depuseram o governo apoiado pela Arábia Saudita, resultando em grande escassez de alimentos e condições climáticas adversas.

A crise alimentar na nação árabe, onde mais de 34 milhões de pessoas vivem sob condições precárias, foi agravada por enchentes recentes, que afetaram cerca de 4,5 milhões de deslocados internos. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados alertou que essas inundações pioraram a situação humanitária no país, gerando uma necessidade urgente de assistência.

Nos últimos 11 meses, os EUA realizaram diversos ataques contra alvos Houthi no Iêmen. Em outubro, o secretário da Defesa, Lloyd Austin, confirmou que os EUA utilizaram bombardeiros B-2, aeronaves de longo alcance capazes de transportar grandes cargas, para atingir os rebeldes Houthi. A operação foi autorizada pelo presidente Joe Biden, com o objetivo de “deixar claro aos Houthis que haverá consequências para os seus ataques ilegais e imprudentes”.

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Segundo a CNN, o aumento das operações militares dos EUA na região está ligado ao conflito entre Israel e o Hamas em Gaza e ao confronto com o Hezbollah no Líbano. Atualmente, a presença militar dos EUA inclui um grupo de ataque com porta-aviões, destróieres com mísseis guiados, uma unidade anfíbia e uma força expedicionária de fuzileiros navais, além de várias aeronaves de combate e ataque.

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