Um integrante do Hamas informou nesta sexta-feira (15) que o grupo está “disposto” a negociar uma trégua na Faixa de Gaza. O porta-voz pediu a Donald Trump, novo presidente eleito dos Estados Unidos, para pressionar Israel e interromper as intervenções militares.
O movimento espera por uma proposta que seja “respeitada” por Israel. “O Hamas está disposto a alcançar um cessar-fogo na Faixa de Gaza, caso uma proposta seja apresentada e com a condição de que (Israel) a respeite”, disse um diretor do escritório político, Basem Naim à agência de notícias AFP.
Trump e Israel
De acordo com analistas, enquanto Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, aprecia o apoio inabalável que recebe de Trump, ele teme a imprevisibilidade de suas ações. Este contraste se acentua quando a administração Joe Biden é colocada na balança, onde a abordagem calmamente conciliatória de Biden nas questões envolvendo Israel não gerou o mesmo nível de tensão. Com Trump, há expectativas de que suas decisões possam ter um impacto direto e pouco previsível nos conflitos regionais, como as guerras em Gaza e no Líbano.
O Oriente Médio é sempre uma prioridade na agenda dos presidentes americanos, dadas as complexas alianças e tensões na região. O que é evidente, no entanto, é que qualquer novo governo precisará abordar os acordos de paz frágeis e os conflitos que perduram há décadas. Durante seu mandato, Trump declarou a intenção de acabar com as guerras em Gaza e no Líbano, mas não detalhou planos específicos que diferenciem sua abordagem da de seu predecessor, Biden.
Netanyahu e a política de espera com Hamas
Alguns críticos acusam Netanyahu de adotar uma postura de espera, talvez na esperança de que um novo presidente americano alinhe-se melhor com suas visões sobre a questão palestina. Apesar do apoio substancial de Biden durante a guerra, Netanyahu parece mais confortável com a perspectiva de um retorno de Trump, dado o histórico de políticas menos pressionadoras em relação a Israel.
- Apoio Militar: O governo de Biden forneceu suporte militar contínuo a Israel.
- Questão Palestina: A expectativa de menor pressão de Trump sobre este tema.
- Estrategista: Netanyahu é visto como um estrategista que joga com o tempo para favorecer Israel no cenário global.
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