O Pix, introduzido pelo Banco Central do Brasil em 2020, rapidamente se tornou um método popular para transações financeiras graças à sua conveniência e velocidade. No entanto, esse avanço tecnológico trouxe consigo um aumento notável em golpes financeiros, afetando particularmente a população idosa.
Conforme dados da empresa Silverguard, essa camada da população sofre prejuízos significativamente maiores devido à menor familiaridade com as novas tecnologias e táticas de fraude cada vez mais sofisticadas. Golpes por meio de mensagens instantâneas, como WhatsApp, são apenas algumas das formas usadas para enganar os usuários do Pix.
Quais são os principais golpes enfrentados pelos idosos?
No levantamento, ficou evidente que os idosos são os alvos preferidos de golpistas. As táticas mais comuns incluem a personificação de conhecidos pedindo dinheiro urgentemente e falsas ofertas de produtos e serviços. Os criminosos conseguem explorar a vulnerabilidade dos idosos, que acreditam estar ajudando familiares ou conseguindo boas ofertas.
Além disso, a prática conhecida como fraude de pagamento autorizado (APP) tem sido predominante entre os golpes com Pix. Nesse esquema, a vítima realiza transferências acreditando estar em uma posição segura, quando, na verdade é manipulada emocionalmente pelo golpista.
Como o impacto das fraudes afeta a sociedade?
O impacto vai além do financeiro. Para muitos idosos, a perda monetária significa comprometer uma renda frequentemente fixa e já limitada. Para alguns, essa perda vem acompanhada de efeitos emocionais, como a sensação de desproteção e desconfiança, especialmente quando o golpista se disfarça de um ente querido.
Em termos financeiros, a magnitude desses golpes é alarmante, com o Brasil reportando perdas de bilhões de reais em fraudes relacionadas ao Pix e outras transações digitais, afetando a segurança financeira e a confiança no sistema.
O que está sendo feito para combater essas fraudes?
Diante do crescimento exponencial das fraudes, o Banco Central estabeleceu o Mecanismo Especial de Devolução (MED) como uma ferramenta para mitigar danos. Apesar de útil, o MED ainda é desconhecido para muitos usuários, limitando sua eficácia. Melhorias são esperadas com o MED 2.0, que promete capacidades ampliadas para recuperação de fundos.
Além do MED, o Banco Central e instituições financeiras têm investido em medidas de segurança, como limitar transações em dispositivos não registrados, e em campanhas educativas para aumentar a conscientização dos usuários sobre fraudes.
O que o futuro reserva para o Pix no Brasil?
Mesmo com os desafios, o Pix continua a ser uma ferramenta essencial no cotidiano dos brasileiros. A evolução do sistema, aliada à vigilância contínua e educação dos usuários, será crucial para minimizar as fraudes. O Banco Central, comprometido com melhorias constantes no Pix, busca garantir que o sistema continue seguro e conveniente para todos.
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