O Papa Francisco, conhecido por sua abordagem humilde ao liderar a Igreja Católica, tomou uma decisão marcante em relação ao seu funeral. Ao contrário de uma tradição longa e pomposa, ele optou por ser enterrado em um caixão de madeira simples revestido de zinco. Esta escolha reflete sua postura de evitar excessos e privilégios normalmente associados ao papado.
Esse novo rito, anunciado pelo Vaticano, rompe com a prática secular de usar três caixões interligados feitos de cipreste, chumbo e carvalho. Além disso, o corpo do Papa Francisco não será exibido em uma plataforma na Basílica de São Pedro, como foi costumeiro com seus predecessores. Em vez disso, ele descansará em um caixão com a tampa aberta, permitindo que os visitantes prestem suas homenagens.
Tradição versus inovação
A tradição de usar múltiplos caixões para enterrar papas tinha um objetivo funcional: criar uma vedação hermética em torno do corpo. Além disso, permitia que objetos significativos, como moedas e documentos emitidos durante seu pontificado, fossem enterrados junto ao pontífice. Contudo, o Papa Francisco busca simplificar e humanizar esses ritos, alinhando seu funeral ao estilo de vida que adotou enquanto líder da Igreja.
Por que ser enterrado fora do Vaticano?
Outro aspecto notável da disposição do papa é seu desejo de ser enterrado fora do Vaticano. Anunciou que sua sepultura será situada na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, que tem um significado especial para ele. Essa decisão o torna o primeiro papa em mais de um século a não ser enterrado na Basílica de São Pedro. O último papa com um sepultamento fora do Vaticano foi Leo XIII, em 1903.
A escolha do Papa Francisco é significativa em razão de sua mensagem de humildade e simplicidade. Essa postura pode inspirar reformas futuras nos ritos papais e na maneira como a Igreja lida com tradições e símbolos. Além disso, sua morte pode provocar reflexões sobre o legado do papado no Vaticano, convidando a Igreja a reavaliar seus processos cerimoniais.
A saúde do Papa Francisco e seus desafios
Apesar dos desafios de saúde que enfrenta, como dores no joelho e nas costas que o levaram ao uso de uma cadeira de rodas, o Papa Francisco continua ativo. Recentemente, ele concluiu duas viagens internacionais e presidiu zuma cúpula longa de líderes católicos. Completando 88 anos em dezembro de 2024, sua saúde tem sido monitorada de perto, mas ele permanece vigoroso e comprometido com seu papel.
Esta nova abordagem ao seu funeral e a escolha dos ritos refletem não apenas seu caráter pessoal mas também sua visão sobre a natureza da liderança espiritual. A decisão de simplificar esses ritos funerários serve como um lembrete da prioridade que dá à essência sobre a forma, buscando uma Igreja mais acessível e centrada nos valores fundamentais de sua fé.
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