Os mecanismos de segurança no ambiente digital precisam ser tão rápidos e criativos quanto os cybercriminosos, de forma a minimizar riscos para a prestação de serviços via grande rede pelos governos. Diante deste desafio, autoridades de 25 países da América Latina, Caribe e de organismos internacionais estão reunidos em Brasília, participando da 8ª Reunião Ministerial da Rede Interamericana de Governo Digital (Rede Gealc).
Desafios na Segurança Digital
Os desafios no campo da segurança digital são numerosos e complexos, variando desde a constante evolução das ameaças cibernéticas até a necessidade de maior integração política entre os países. Segundo a Organização dos Estados Americanos (OEA), questões como assinaturas digitais, integração de sistemas e segurança digital são fundamentais para o avanço dos governos digitais.
Um dos principais obstáculos mencionados por Luis Porto, assessor da OEA, é a lentidão do setor público em comparação com o privado no que diz respeito à adoção de novas tecnologias e regulamentações. A abordagem do setor público, limitada ao que é permitido por lei, contrasta com o dinamismo do setor privado, criando uma necessidade urgente de marcos normativos que permitam avanços rápidos na segurança digital.
Governança de dados e a Inteligência Artificial podem contribuir
Uma proposta crucial discutida no encontro é o desenvolvimento de um marco de referência interamericano para a governança de dados e inteligência artificial. Este documento, elaborado pela OEA, busca padronizar processos e fortalecer a confiança entre nações mediante a implementação de práticas que protejam dados sensíveis.
A governança de dados visa não apenas a proteção, mas também a integração regional. Ao estabelecer padrões comuns, os países podem colaborar mais eficientemente, garantindo que políticas de segurança digital ofereçam mais direitos e proteção às suas populações.
Práticas de cidadania digital na América Latina
Paula Acosta Márquez, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), destaca a cidadania digital como uma política essencial para o crescimento seguro das tecnologias digitais na região. A expansão dessas iniciativas permite uma colaboração além das fronteiras nacionais, promovendo economias e parcerias que beneficiam tanto governos quanto cidadãos.
Transformação digital e inclusão no Brasil
Esther Dweck, ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos do Brasil, enfatiza a transformação digital como uma ferramenta para combater desigualdades e melhorar os serviços públicos.
“No governo brasileiro, entendemos que discutir a agenda digital é discutir o futuro e o desenvolvimento. É enfrentar a desigualdade sistêmica, inclusive tecnológicas entre países e pessoas. Por isso, temos utilizado recursos digitais para prestar melhores serviços públicos, mais efetivos e adequados às necessidades de nossos cidadãos”, disse a ministra.
Ahora, se conversa del Hito histórico: el Ciudadano Digital Mercosur, que ya es una realidad. 👏🏻🎉 nacido desde la redGealc pic.twitter.com/xwrEkmlt3A
— RedGEALC.org (@redgealc) November 26, 2024
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