O Brasil alcançou a menor taxa de desemprego já registrada na série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) desde seu início em 2012. É o que indicam os dados divulgados nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa de desocupação caiu para 6,2%, o que representa uma diminuição quando comparado tanto com o trimestre anterior (6,8%) quanto com o mesmo período do ano passado (7,6%). Isso se traduz em aproximadamente 6,8 milhões de pessoas ainda buscando emprego, enquanto 103,6 milhões de brasileiros estão ocupados. Até então, o percentual mais baixo de desempregados no país havia sido em dezembro de 2013, com uma taxa de 6,3%.
Quais setores estão impulsionando o emprego?
O crescimento do número de pessoas empregadas está sendo impulsionado principalmente por setores como indústria, construção e serviços. Dentro da indústria, o segmento de confecções se destacou, especialmente devido à proximidade do final do ano, quando a demanda por vestuário aumenta. O setor de construção e serviços voltados às famílias e atividades recreativas também têm mostrado um aumento significativo na geração de empregos.
O fortalecimento desses setores reflete a resiliência e a adaptabilidade da economia brasileira, permitindo uma recuperação mais rápida em um período de desafios econômicos globais. Isto tem contribuído para elevar o nível de ocupação e melhorar a qualidade de vida de muitos trabalhadores.
Como se define a força de trabalho no Brasil?
A força de trabalho compõe-se tanto das pessoas empregadas quanto das desocupadas que procuram ativamente por emprego. Atualmente, a força de trabalho no Brasil é constituída por 110,4 milhões de indivíduos. No entanto, há cerca de 66,1 milhões de pessoas fora dessa força de trabalho, incluindo aquelas que não estão buscando emprego ou não estão disponíveis para trabalhar, o que pode ser devido a uma variedade de razões, incluindo desmotivação e questões pessoais.
- População desalentada: Pessoas que desejam trabalhar e estão disponíveis, mas não buscaram emprego, somam cerca de 3 milhões, refletindo um declínio recente.
- Subutilização: Inclui indivíduos desocupados, aqueles que trabalham menos horas do que poderiam, ou simplesmente estão fora do mercado de trabalho potencial, somando aproximadamente 17,8 milhões.
Quais são as tendências de formalidade e renda?
Enquanto o desemprego caiu, o trabalho formal tem registrado crescimento, com a quantidade de trabalhadores com carteira assinada atingindo 39 milhões. Paralelamente, o número de empregados sem carteira também tem subido, alcançando 14,4 milhões. Isso resultou em um aumento global tanto no trabalho formal quanto informal, demonstrando um ambiente dinâmico e diversificado no mercado de trabalho brasileiro.
O rendimento habitual médio dos trabalhadores foi estimado em R$ 3.255 mensais. Embora este valor tenha permanecido estável em relação ao trimestre anterior, ele mostra um incremento em comparação ao ano passado. A massa de rendimentos gerais aumentou significativamente, sugerindo uma melhoria nas condições econômicas para muitos trabalhadores brasileiros. A informalidade ainda representa 38,9% da população ocupada.
🇧🇷 Desemprego cai para 6,2% no trimestre encerrado em outubro, o menor patamar da série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012.
São 103,6 milhões de trabalhadores (recorde), sendo 53,4 milhões de empregados no setor privado (recorde), dos quais 39 milhões tinham carteira… pic.twitter.com/dibyYSEriU
— Eixo Político (@eixopolitico) November 29, 2024
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