A previsão do mercado financeiro para as estimativas do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado o principal indicador da inflação, indicam uma taxa de 4,71% para este ano. O IPCA é essencial para entender os rumos econômicos do país, pois o Banco Central do Brasil (BC) utiliza suas projeções para direcionar políticas econômicas.
Com a inflação estimada acima do teto da meta estabelecida, o Banco Central enfrenta o desafio de ajustar suas políticas para alcançar o objetivo de estabilidade econômica.
A meta de inflação fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para 2024 é de 3%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, de acordo com informações da Agência Brasil. Esse cenário sinaliza possíveis ajustes na política de juros que podem impactar o mercado financeiro e a economia em geral.
Previsão do mercado: inflação para 2025 e 2026
Para 2025, a projeção da inflação também subiu de 4,34% para 4,4%. Para 2026 e 2027, as previsões são de 3,81% e 3,5%, respectivamente.
A estimativa para 2024 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.
Como o Banco Central utiliza a Selic para controlar a inflação?
Para controlar a inflação e atingir as metas estabelecidas, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, conhecida como Selic. Atualmente definida em 11,25% ao ano, a Selic desempenha um papel fundamental na estratégia de política monetária do país.
A taxa influencia diretamente o custo do crédito e o estímulo à poupança, mecanismos essenciais para controlar a demanda e, consequentemente, os preços no mercado.
O Comitê de Política Monetária (Copom) realiza reuniões periódicas para avaliar a necessidade de ajustes na Selic, com base nas condições econômicas nacionais e internacionais.
Com a perspectiva de um novo aumento na próxima reunião, prevista para dezembro, as expectativas apontam para uma Selic de 11,75% ao final de 2024. Essa estratégia visa equilibrar o crescimento econômico e a estabilidade dos preços, fatores cruciais para a saúde financeira do país.
Expectativas para o crescimento econômico e o câmbio
Além das preocupações com a inflação, as instituições financeiras também acompanham de perto o crescimento econômico do Brasil. Em 2023, a economia brasileira surpreendeu com uma expansão de 2,9%, superando as expectativas iniciais.
Para 2024, as projeções indicam um crescimento econômico robusto, com um avanço esperado de 3,22% no Produto Interno Bruto (PIB). Este crescimento pode ser impulsionado por setores chave como agroindústria, tecnologia e serviços. As projeções também incluem a estabilidade cambial, com o dólar estimado em R$ 5,70 para o final do ano.
Destaques do Focus de 29/11/2024
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— Banco Central BR (@BancoCentralBR) December 2, 2024
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