Uma tragédia abalou a cidade de Blackpool, no Reino Unido. Um incêndio, iniciado pela explosão da bateria de uma bicicleta elétrica, resultou na morte de Josh Pearson e Danielle Bamber. Os dois filhos do casal conseguiram ser resgatados, mas a devastação deixou marcas profundas na comunidade. Este episódio destaca um problema crescente: o perigo dos dispositivos alimentados por baterias de íons de lítio.
No incidente em Blackpool, a emergência ocorreu por volta das 2h30 da manhã, quando vizinhos ouviram um “estrondo” seguido de gritos. As investigações revelaram que Josh Pearson armazenava várias bicicletas elétricas em casa e havia manipulado as baterias, o que pode ter contribuído para o desastre. Imagens de segurança captaram luzes piscantes e estalos, precedendo o incêndio.
Risco da bateria de bicicleta elétrica
As baterias de íons de lítio são amplamente utilizadas devido à sua alta capacidade de armazenamento de energia e ao tamanho compacto. No entanto, essa mesma densidade energética é o que as torna perigosas. Quando danificadas ou mal conservadas, podem superaquecer, levando a incêndios ou explosões. As estatísticas apontam para um aumento nos incidentes relacionados a essas baterias, com mortes em incêndios quadruplicando desde 2020.
Especialistas do Conselho Nacional de Chefes de Bombeiros alertam para os riscos associados a produtos falsificados. Carregadores e baterias de má qualidade, muitas vezes mais baratos, são mais propensos a falhas fatais. Eles enfatizam que a economia imediata não é justificável frente aos potenciais perigos.
O uso crescente de bicicletas motorizadas, especialmente em cidades como o Rio de Janeiro, traz à tona questões de segurança e infraestrutura. As ciclovias recebem cada vez mais esses veículos, que muitas vezes estão equipados com baterias semelhantes às envolvidas no incidente de Blackpool. Um projeto de lei em discussão busca regulamentar o uso dessas bicicletas, mas a situação atual ainda é de preocupação.
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