REPERCUSSÃO

Biden: “Até que enfim, o regime de Assad acabou”

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Joe Biden – Créditos: depositphotos.com / palinchak

Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, realizou seu primeiro pronunciamento público após a fuga do ditador Bashar al-Assad, que esteve no poder por 24 anos na Síria. Neste domingo, 8, ele comentou sobre a conquista de Damasco pelas forças rebeldes do HTS, comandadas por Mohammed al-Golani.

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“Até que enfim, o regime de Assad acabou. Este é um momento de riscos e incertezas. Os EUA trabalharão com parceiros e interessados para ajudá-los a aproveitar esta oportunidade.”, declarou Biden.

Bashar al-Assad teria deixado a Síria, buscando asilo na Rússia com sua família. A Rússia, por sua vez, anunciou que Assad instruiu uma transição de poder de maneira pacífica. Este deslocamento do poder na Síria sinaliza possíveis reconfigurações nas alianças regionais e nos interesses estratégicos de diversos países.

Além de Biden, como o Ocidente está reagindo à queda de Assad?

Os Estados Unidos, sob a liderança do então presidente Joe Biden, se mantêm vigilantes em relação aos eventos que se desenrolam na Síria. Biden expressou críticas aos antigos aliados de Assad, incluindo Rússia, Irã e Hezbollah. A administração norte-americana ainda enfrenta o desafio de lidar com a questão do jornalista americano Austin Tice, que estaria desaparecido na Síria há mais de uma década.

Em contraste, a França comemorou a queda do regime de Assad. O governo francês expressou seu contentamento, destacando o fim de um período de repressão e violência contra o povo sírio. O presidente Emmanuel Macron reafirmou o compromisso da França com a paz e a segurança na região, celebrando a resiliência dos sírios.

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Israel permanece cauteloso diante das mudanças na Síria, concentrando suas atenções na proteção da região das Colinas de Golã. Apesar da instabilidade interna na Síria, Israel mantém a política de não interferência nos conflitos internos, mas reafirma seu direito de defender suas fronteiras. No Irã, a situação se agravou com relatos de que a embaixada iraniana em Damasco teria sido invadida por grupos armados. Este evento destacou a fragilidade da segurança na capital síria e levantou preocupações sobre a influência de grupos extremistas nas decisões locais.

Quais são as implicações para a política interna e externa da Síria?

A transição pacífica de poder na Síria é vista pelo governo russo como um movimento estratégico para estabilizar a região. Assim, a Rússia se posiciona como um ator crucial no futuro político da Síria, tentando mediar uma saída ordenada e negociada para a crise.

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Por outro lado, a posição da Turquia, através de declarações de seus líderes, sugere que o governo sírio poderia ter utilizado oportunidades anteriores para uma reconciliação com sua população, visando a construção de um novo consenso nacional.

O Brasil, por meio do Itamaraty, mantém uma postura de monitoramento atento à situação na Síria. O governo brasileiro exorta todas as partes a respeitar o direito internacional e as resoluções da ONU, promovendo uma solução política negociada que considere a soberania e a integridade territorial síria.

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