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Por que Israel irá atacar o arsenal da Síria? Entenda

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Israel anuncia campanha que terá como alvo arsenais da Síria – Créditos: depositphotos.com / ShU_Studio

A queda do regime de Bashar al-Assad na Síria gerou um cenário de incertezas no Oriente Médio. Na tentativa de proteger seus interesses nacionais, Israel anunciou uma campanha aérea com o objetivo de destruir o arsenal de mísseis balísticos e armas químicas em território sírio. A medida visa evitar que os armamentos caiam em mãos de grupos extremistas que participaram da derrubada do governo sírio.

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Após 54 anos de domínio, o regime de Assad foi deposto neste domingo (8) por forças lideradas pela Organização para a Libertação do Levante (HTS), um grupo com raízes na Al Qaeda. Diante desse novo cenário, Israel intensificou suas iniciativas militares para assegurar que armamentos estratégicos não sejam utilizados por facções que possam ameaçar sua segurança nacional.

Quais são os objetivos de Israel na campanha aérea?

O foco de Israel, conforme declarações do ministro da Defesa, é a destruição de “armas estratégicas pesadas” em toda a Síria. Isso inclui mísseis terra-ar, sistemas de defesa aérea, mísseis terra-terra e foguetes de longo alcance. O chanceler israelense reforçou que o interesse do país não é se envolver nos assuntos internos sírios, mas proteger a população israelense de possíveis ataques vindos de grupos extremistas.

Israel busca prevenir que remanescentes das forças de Assad ou facções aliadas ao Irã, como o Hezbollah, tenham acesso a armamentos de alto poder destrutivo. O país vê na queda do governo de Assad uma oportunidade para enfraquecer o eixo Irã-Síria-Hezbollah, uma aliança que por anos representou uma ameaça à estabilidade regional.

Qual o impacto da queda do regime de Assad na segurança regional?

A queda do regime de Assad reconfigurou alianças e tensões no Oriente Médio. A desintegração do governo sírio deixou o país mais vulnerável a grupos insurgentes e seus conflitos internos, cenário comparável ao vácuo de poder observado na Líbia pós-Gaddafi. A região, agora mais instável, representa um risco potencial de proliferação de jihadismo e armas não convencionais.

A situação também influencia a relação entre Israel e seus vizinhos, especialmente considerando o histórico de conflitos na região das Colinas de Golã. Movimentos militares israelenses nesta área estratégica foram criticados por países como o Egito, que acusam Tel Aviv de tentar expandir sua ocupação sobre territórios sírios.

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