Um boletim médico divulgado nesta quarta-feira (11) informou que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segue apresentando evolução positiva. Ele está “lúcido, orientado, conversando e passou a noite bem”, de acordo com a equipe médica do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
O presidente permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde aguarda novos exames e segue utilizando um dreno como parte do processo de recuperação. Os médicos destacaram que não houve intercorrências no pós-operatório imediato.
O que levou à internação?
Na noite de segunda-feira (9), Lula foi internado no Sírio-Libanês, em Brasília, após relatar um mal-estar. Exames de imagem detectaram um hematoma de três centímetros na cabeça, exigindo sua transferência para São Paulo, onde passou por uma cirurgia emergencial.
O procedimento, conhecido como trepanação, envolve a realização de um pequeno furo no crânio para drenar o sangramento. Segundo o neurocirurgião Mauro Suzuki, que integra a equipe médica responsável, trata-se de um procedimento “relativamente padrão” em casos como este.
A localização do sangramento entre o cérebro e a dura-máter, a camada protetora externa, comprimiu estruturas cerebrais fundamentais. Isso trouxe preocupações quanto ao potencial de danos neurológicos. No entanto, os médicos asseguraram que todas as funções neurológicas de Lula estão preservadas. O acompanhamento em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) visa garantir a recuperação completa do presidente, além de monitorar possíveis complicações.
Apesar da evolução positiva, ainda não há previsão para alta hospitalar. Lula continua sob acompanhamento próximo enquanto se recupera do procedimento.
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Amigo de Lula alertou médicos sobre problema de saúde do presidente
O responsável por alertar os médicos sobre a necessidade de uma avaliação mais detalhada foi o empresário e amigo pessoal de Lula, José Seripieri Filho. O dono da Amil notou mudanças no comportamento do presidente e uma persistente dor de cabeça. A situação culminou na realização de um exame de ressonância magnética em Brasília. Os resultados indicaram a presença de um sangramento cerebral.
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