ano violento

Alta de 37% em mortes por conflitos no mundo vem de guerra entre Israel e Hamas

Conflitos
Conflito entre Israel e Hamas deixou mais de 40 mil mortos na Faixa de Gaza – Créditos: depositphotos.com / thenews2.com

Os conflitos armados no mundo atingiram níveis alarmantes nos últimos anos, com um aumento significativo no número de vítimas e implicações geopolíticas. A luta entre o grupo palestino Hamas contra Israel em outubro de 2023 desencadeou consequências devastadoras para a Faixa de Gaza, contribuindo para o aumento de 37% no total de mortes em conflitos globais. A informação é do relatório do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS).

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Entre julho de 2023 e junho de 2024, o conflito entre Israel e Hamas foi responsável por 41.318 mortes, superando a Guerra da Ucrânia em vítimas registradas pelo lado de Kiev. Estes números refletem a complexidade crescente dos conflitos, que agora envolvem uma diversidade de atores domésticos e internacionais, impulsionando tensões geopolíticas significativas.

Quais regiões são as mais afetadas pelos conflitos?

No período analisado, o Oriente Médio e o Norte da África foram regiões gravemente afetadas, com um aumento de 315% no número de mortes devido aos conflitos. A situação na África Subsaariana também é alarmante, onde 14 dos 49 países vivem em conflitos. A mortalidade média na África Subsaariana era de 8,2 mortes por 100 mil habitantes. Já em Gaza, o número chegou a impressionantes 2.133 mortes por 100 mil habitantes.

Os dados do IISS, mesmo que imprecisos, destacam uma tendência preocupante de violência crescente. Desde a Segunda Guerra Mundial, apenas dois episódios foram tão mortíferos: a Guerra da Coreia e o genocídio em Ruanda. Em comparação, o número de conflitos ativos em 2023 atingiu 176, com um recorde de 59 guerras interestaduais.

Crime organizado e grupos armados

A internacionalização do crime organizado e de grupos armados não estatais é um fator crítico na escalada dos conflitos. O IISS destaca que a competição entre Estados também contribui para o agravamento da violência mundial. No Brasil, o número de mortes violentas ligadas a disputas de tráfico e milícias caiu, mas ainda apresentou 6.640 vítimas durante o período.

Nas Américas, houve uma diminuição de 9% nas mortes em conflitos, mostrando uma tendência de estabilização em comparação com outras regiões do mundo. Esta diminuição contrasta com os cenários na Ásia e Europa, que apresentaram estabilidade ou pequenos aumentos nas taxas de mortalidade.

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