Copa do Brasil: Juazeirense vence Sport em jogo marcado por apagões

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Nesta quarta-feira (10), a Juazeirense derrotou o Sport por 3 a 2 pela primeira fase da Copa do Brasil. A partida ficou mais de uma hora paralisada, durante os acréscimos do segundo tempo, devido a dois apagões nos refletores do estádio Adauto Martins, em Juazeiro (BA). O resultado classifica o clube baiano à segunda fase da competição para enfrentar o ganhador do confronto entre Castanhal e Volta Redonda, que se enfrentam na próxima quarta-feira (17), no estádio Modelão, em Castanhal (PA).

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Com a bola rolando, o duelo foi movimentado. Logo no primeiro minuto, o atacante Kesley aproveitou rebote do goleiro Luan Polli e colocou a Juazeirense à frente. O empate quase aconteceu aos três, em cabeçada do zagueiro Rafael Thyere que parou no travessão, mas saiu aos 11 minutos, em cobrança de pênalti do volante Ronaldo Henrique. A virada rubro-negra veio aos 20, com o atacante Mikael, na sobra de um chute na trave do lateral Sander.

Na segunda etapa, novamente a Juazeirense balançou as redes cedo. Com um minuto, o meia Clebson deixou tudo igual, de cabeça. Aos 21, o zagueiro Dedé recolocou o Cancão de Fogo na dianteira do placar. O Sport, que jogava pelo empate, reclamou de situações que ocorreram a partir da virada dos anfitriões, como o acionamento (duas vezes) do sistema de irrigação e o sumiço de bolas de reposição. Aos 40 minutos, um susto: após dividida com Mikael, Dedé caiu desacordado e teve que ser atendido pela ambulância.

O árbitro Ramon Abatti Abel deu 11 minutos de acréscimo. Aos 50, parte dos refletores do Adauto Martins se apagou. A interrupção demorou 25 minutos e a bola voltou a rolar, mas, um minuto depois, um novo apagão tornou a paralisar o jogo. Após cerca de uma hora, o árbitro decidiu recomeçar a partida nas condições de momento, mas os jogadores do Sport só aceitariam a retomada com a iluminação totalmente restabelecida. O duelo, então, foi encerrado.

O caso pode ter desdobramentos fora de campo. O regulamento geral de competições da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) prevê, no artigo 19, parágrafo primeiro, que o árbitro pode aguardar até 30 minutos, prorrogáveis por mais meia hora, para suspender uma partida se entender que “o fato gerador da paralisação não poderá ser sanado”.

O artigo 22, por sua vez, diz que jogos interrompidos após os 30 minutos do segundo tempo são considerados encerrados, “prevalecendo o placar daquele momento, desde que nenhum dos clubes tenha responsabilidade pelo encerramento da partida”. Já o artigo 20 destaca que “se o clube que não deu causa à suspensão da partida estiver dependendo de saldo de gols para obter classificação às fases ou competições seguintes, a situação será decidida pela Justiça Desportiva”.

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Pronunciamento do Sport

O Sport se pronunciou em nota oficial, nos primeiros minutos desta quinta-feira (11). O Leão pediu a realização de uma perícia no estádio “devido aos impressionantes e injustificáveis eventos ocorridos” na partida.

“Perícia esta que deve se dar especificamente no sistema de irrigação do campo, refletores e suas conexões elétricas, geradores de energia, parte elétrica do estádio, parte elétrica no entorno do estádio [para atestar se houve queda de energia por culpa da companhia elétrica], assim como demais instalações físicas do estádio”, afirma o comunicado do clube pernambucano, que também pediu à CBF que oficie a companhia de energia elétrica de Juazeiro para saber se houve queda de energia no local após às 19h de quarta-feira.

(Agência Brasil)

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