Em 2024, o Brasil dará um passo importante para o turismo ferroviário com a implementação do trem turístico ligando Minas Gerais ao Rio de Janeiro. A iniciativa, que foi formalizada por um contrato operacional específico assinado em Brasília, envolve o Ministério dos Transportes, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a concessionária VLI, e a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público Amigos do Trem, além das prefeituras de Três Rios e Sapucaia. Espera-se que o trem, cujo projeto surgiu em 2016, comece a operar em junho do ano seguinte.
O trajeto inicial do trem será de 37 quilômetros, começando em Chiador, em Minas Gerais, passando por Sapucaia e terminando em Três Rios, no Rio de Janeiro. Ele terá a capacidade de transportar até 837 passageiros por viagem. Em um plano futuro, o projeto expandirá para cobrir 160 quilômetros, incluindo cidades mineiras como Cataguases, Leopoldina, Recreio, Volta Grande e Além Paraíba.
Quais são os próximos passos para a implementação do projeto?
Antes de sua operação, a ANTT precisa autorizar a Amigos do Trem a atuar como operadora ferroviária. Além disso, será feita uma inspeção rigorosa das locomotivas e dos carros de passageiros, bem como do trecho ferroviário entre Três Rios e Sapucaia, para assegurar a segurança e eficiência das operações. Manutenções e revisões serão realizadas caso necessário para corrigir qualquer problema identificado.
A ferrovia aproveita trilhos que, no início do século XX, serviam ao transporte de carga, como café. Histórias e cultura são elementos centrais dessa experiência, que proporcionará aos passageiros vistas de montanhas, rios e florestas ao longo do caminho. Destaques incluem atrações como a represa de Furnas e cidades ricas em patrimônio cultural e arquitetônico.
Qual é a origem e o apoio por trás desse projeto?
O conceito deste trem turístico foi idealizado por Paulo Henrique do Nascimento, fundador da Amigos do Trem, em 2016. A iniciativa ganhou força com a doação de R$ 1 milhão de um grupo empresarial em 2016, que permitiu a aquisição de locomotivas e carros de passageiros. O projeto vê no turismo uma forma de estimular o desenvolvimento econômico e cultural nas regiões que o trem irá servir.
O impacto econômico e turístico do trem
O projeto é sustentado por um investimento de R$ 36 milhões da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) para restaurar a linha férrea e adquirir ativos necessários. A introdução do trem turístico deve impulsionar a economia local, reforçando a vocação turística do Brasil, especialmente em áreas como Três Rios, Sapucaia, e outras cidades ao longo da rota planejada.
Com isso, o trem turístico não apenas celebra a herança cultural e natural das regiões de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, mas também apresenta uma nova frente de desenvolvimento sustentável, ao unir lazer, história e economia em uma única viagem. A expectativa é que ele se torne uma atração significativa, contribuindo para a valorização e preservação do patrimônio nacional.
Siga a gente no Google Notícias