Um dia depois do anúncio de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu realizou uma série de acusações contra o grupo. Nesta quinta-feira (16), o país também realizou um bombardeio em Gaza que deixou mais de 70 mortos.
O pacto, negociado no Qatar, busca estabelecer um cessar-fogo que envolve a troca de reféns e prisioneiros em diferentes fases. A primeira fase seria implementada de forma gradual a partir de domingo (19).
O que disse Netanyahu?
Sem muitas explicações, Netanyahu afirmou em um comunicado que o Hamas quer “extorquir concessões de último minuto”. O gabinete iria ratificar o acordo nesta quarta-feira, mas o primeiro-ministro deu a entender que não será o caso. “O gabinete não vai se reunir até os mediadores notificarem Israel de que o Hamas aceitou todos os itens do acordo”, disse em nota.
Já o Hamas, por sua vez, declarou estar comprometido com o acordo. Após a fala de Netanyahu. o grupo publicou no Telegram que está de acordo com as exigências dos mediadores.
Quais são os detalhes do acordo mediado no Qatar?
Os principais componentes do acordo incluem a troca de reféns e prisioneiros e a retirada gradual das forças israelenses da Faixa de Gaza. O primeiro-ministro do Qatar, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, destacou que a primeira fase deste acordo durará 42 dias. As fases subsequentes serão desenvolvidas com base na implementação da primeira fase, mostrando a complexidade e o escalonamento das negociações.
O compromisso com as três fases é crucial para evitar mais derramamento de sangue civil, segundo líderes envolvidos no processo. Além disso, a implementação satisfatória da primeira fase servirá como um teste para o sucesso contínuo das negociações. Os detalhes exatos das trocas e retiradas, embora não completamente divulgados, sublinham a necessidade de ação cuidadosa e ponderada.
Como as partes envolvidas estão reagindo ao acordo?
A reação imediata ao acordo foi mista. Izzat el-Reshiq, porta-voz do Hamas, expressou seu comprometimento com os requisitos dos mediadores. Esta aceitação é vista como um avanço na cooperação entre as partes beligerantes. No entanto, o governo de Israel ainda está aguardando um sinal formal de aceitação por parte do Hamas antes de qualquer reunião do gabinete.
No campo internacional, o acordo foi recebido com um otimismo cauteloso. Países influentes e organizações internacionais estão acompanhando de perto as evoluções, já que o sucesso desse acordo pode abrir caminho para novas abordagens na resolução de conflitos no Oriente Médio.
O massacre de Netanyahu usa mais que balas, bombas e fome. Em Gaza estima-se que 10 mil pessoas em tratamento de câncer estão sem medicamentos; 50 mil bebês que nasceram durante o conflito estão sem tomar nenhuma vacina, segundo Médicos Sem Fronteiras.
— Blog do Noblat (@BlogdoNoblat) January 16, 2025
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