No primeiro dia de trabalho em seu segundo mandato, o presidente Donald Trump tomou uma série de decisões que sinalizam mudanças profundas na política interna e externa dos Estados Unidos. Entre as ações, destacam-se a retirada do país do Acordo de Paris, um congelamento de contratações no governo federal e a exigência de retorno imediato dos servidores aos seus cargos presenciais.
Trump perdoa manifestantes do Capitólio e revoga medidas de Biden
Trump anunciou um perdão coletivo a cerca de 1.500 pessoas acusadas de envolvimento no ataque ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021. O presidente declarou que o perdão seria “total, completo e incondicional“. A decisão abrange cerca de 600 indivíduos já condenados, incluindo os responsáveis por agressões a policiais durante o episódio.
Além disso, o presidente assinou a revogação de 78 medidas da gestão de Joe Biden, incluindo regras que garantiam proteção contra discriminação sexual, ampliavam os direitos de pessoas transgênero nas Forças Armadas e proibiam a renovação de contratos com prisões privadas.
Saída do Acordo de Paris e da OMS
A decisão de retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris coloca o país ao lado de nações como Irã, Líbia e Iêmen, as únicas fora do pacto de 2015. O tratado reúne quase 200 países comprometidos em limitar o aquecimento global abaixo de 2 graus Celsius, buscando evitar os piores impactos das mudanças climáticas.
Trump também anunciou a saída dos EUA da Organização Mundial da Saúde (OMS). Em sua ordem, justificou a decisão apontando a “má gestão da pandemia de COVID-19” e a “influência política inapropriada dos estados-membros“. O texto cita ainda que os Estados Unidos estavam realizando pagamentos “injustamente onerosos” à entidade.
Ver essa foto no Instagram
O que esperar das novas medidas de Trump?
As ações de Trump incluem, ainda, a declaração de emergência nacional na fronteira sul. Recursos do Pentágono serão usados na retomada da construção do muro fronteiriço. O governo também encerrou o uso de um aplicativo que permitia a migrantes notificarem autoridades sobre sua intenção de entrar no país.
Outro ponto polêmico foi a redefinição da cidadania por direito de nascimento, uma medida que deve gerar discussões acirradas nos próximos meses.
O presidente também assinou uma ação que formaliza o novo Departamento de Eficiência Governamental, com o objetivo de revisar as operações do governo federal.
Leia também: Trump deve mudar nome do Golfo do México e de montanha no Alasca