indulto coletivo

Ex-líder de milícia condenado a 18 anos de prisão é libertado após perdão de Trump

O ex-líder da milícia Oath Keepers foi libertado de uma prisão federal horas depois de receber o perdão do presidente Donald Trump.
Retrato policial de Stewart Rhodes – Crédito: Divulgação/Collin County Sheriff’s Office

O ex-líder da milícia Oath Keepers, Stewart Rhodes, foi libertado de uma prisão federal em Maryland horas depois de receber o perdão do presidente Donald Trump. A medida foi parte de um indulto coletivo que beneficiou 1.500 réus na última segunda-feira (20).

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Rhodes, que havia sido condenado a 18 anos de prisão por conspiração sediciosa, deixou a penitenciária de Cumberland logo após a meia-noite de terça-feira (21). Embora não tenha entrado no Capitólio durante a invasão de 6 de janeiro de 2021, ele foi considerado culpado de planejar o uso de força para impedir a certificação da eleição presidencial.

O advogado de Rhodes, James Lee Bright, expressou gratidão pela decisão presidencial. “Estamos profundamente gratos ao presidente Trump por suas ações hoje”, disse à agência Associated Press.

Quem mais foi beneficiado pelo indulto de Trump?

Além de Rhodes, líderes da organização Proud Boys também foram contemplados com o perdão, incluindo Enrique Tarrio, ex-presidente nacional do grupo. Tarrio, condenado a 22 anos de prisão, foi representado pelo advogado Nayib Hassan, que celebrou a decisão.

Isso marca um momento crucial na vida do nosso cliente e simboliza um ponto de virada para a nossa nação. Estamos otimistas para o futuro, pois agora viramos a página deste capítulo, abraçando novas possibilidades e oportunidades”, afirmou Hassan em nota.

A libertação gerou repercussão nas ruas. Cerca de 40 integrantes dos Proud Boys foram vistos em Washington durante a posse de Trump na segunda-feira, onde trocaram insultos com manifestantes.

Dois outros beneficiados pelo indulto foram os irmãos Andrew Valentin e Matthew Valentin, que haviam sido sentenciados na semana anterior. Eles foram soltos ainda na noite de segunda-feira, segundo informações da rede CNN.

Críticas e controvérsias

O perdão concedido por Trump não se limitou a libertar presos. A ordem executiva, assinada após uma cerimônia na Rotunda dos EUA, determinou que todas as acusações pendentes contra investigados fossem rejeitadas. Mais de 1.200 pessoas foram condenadas por crimes relacionados à invasão do Capitólio, incluindo 200 que admitiram ter agredido policiais.

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A medida foi amplamente criticada por líderes democratas. A ex-presidente da Câmara, Nancy Pelosi, classificou a decisão como “um insulto ultrajante ao nosso sistema de justiça”. Já o senador democrata Chuck Schumer afirmou: “Donald Trump está inaugurando uma Era de Ouro para pessoas que infringem a lei e tentam derrubar o governo”.

Em um discurso na Capital One Arena, Trump chamou os acusados de “reféns” e justificou os atos como sendo de pessoas que “não fizeram nada de errado”. A declaração gerou indignação entre parlamentares, que lembraram que a invasão do Capitólio deixou cinco mortos e feriu centenas, incluindo policiais.

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