O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, chegou a Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, para uma visita de quatro dias. Ele participa amanhã (1º) da inauguração do pavilhão brasileiro na Expo 2020 Dubai, exposição mundial que será aberta ao público também nesta sexta-feira.
Também estão previstos encontros bilaterais com autoridades e encontros com empresários do país árabe.
Em suas redes sociais, o vice-presidente informou que buscará promover o comércio exterior e investimentos no Brasil. Mourão também disse que aproveitará para apresentar ações do governo brasileiro acerca da preservação e desenvolvimento da Amazônia.
A Amazônia, aliás, será o tema de dois eventos dos quais Mourão participará. O primeiro é uma palestra sobre a política nacional de desenvolvimento sustentável da Amazônia, no sábado (2). O outro, é o fórum de sustentabilidade econômica da Amazônia, no domingo (3) com empresários brasileiros e árabes.
“Chego nos Emirados Árabes Unidos em um momento de esperança para o Brasil, quando retomamos os negócios e superamos a crise gerada pela covid-19”, escreveu o vice-presidente em seu perfil no Twitter.
Comércio exterior
O comércio exterior do Brasil com o Oriente Médio teve grande crescimento de 2000 a 2011, com sucessivas altas nas exportações brasileiras para a região, com exceção de 2009 (ano subsequente à crise financeira internacional de 2008). Em 11 anos, o valor exportado subiu de US$ 1,33 bilhão para US$ 12,27 bilhões, um crescimento de nove vezes.
De 2012 a 2019, o valor oscilou entre altas e quedas, mas nunca recuando abaixo de US$ 9,7 bilhões. Em 2020, no entanto, ano da pandemia de covid-19, as exportações recuaram para US$ 8,8 bilhões, queda de 18,6% em relação ao ano anterior (US$ 10,81 bilhões).
Neste ano, há uma aparente recuperação do comércio. De janeiro a agosto deste ano, as exportações somaram US$ 7,93 bilhões, ou seja, 44,4% acima do registrado no mesmo período do ano passado (US$ 5,49 bilhões).
Entre os principais produtos exportados pelo Brasil para o Oriente Médio estão minérios, carnes, açúcares, grãos/sementes/frutos, cereais e pedras preciosas.
Desde 2001, a balança comercial tem pendido para o lado brasileiro, já que vendemos mais do que compramos da região. Em 2020, por exemplo, o Brasil importou US$ 4,34 bilhões de dólares, menos da metade do que vendeu.
Nos oito primeiros meses deste ano, as importações somaram US$ 4,33 bilhões, um pouco mais da metade do que exportamos para lá.
Os Emirados Árabes Unidos são o terceiro principal parceiro comercial do Brasil na região, em termos de exportações brasileiras, com um total de US$ 1,11 bilhão nos oito primeiros meses deste ano, abaixo da Arábia Saudita (US$ 1,21 bilhão) e Bahrein (US$ 1,12 bilhão).
*O repórter viajou a convite da Apex-Brasil
(Agência Brasil)