REFORMA AGRÁRIA

Fazendeiros na Bahia reagem ao “Abril Vermelho” do MST

Cerca de 800 proprietários de terra fazem parte do movimento em 130 dos 417 municípios do estado.

Fazendeiros na Bahia reagem para enfrentar o “Abril Vermelho” do MST
MST organiza invasões na Bahia; fazendeiros começaram a reagir ao movimento na cidade de Santa Luzia (Crédito: Foto Reprodução/MST)

Fazendeiros se organizam em dezenas de cidades da Bahia para se contrapor ao Movimento dos Trabalhadores Sem-terra (MST) e à onda de invasões anunciadas para o denominado “Abril Vermelho”.

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A CNN conseguiu acesso à planilha do grupo de fazendeiros, chamado “Invasão zero”. Até a última atualização desta quinta-feira (23), havia 800 proprietários de terra da Bahia na lista distribuídos em 130 dos 417 municípios do estado em cinco núcleos de cidades: Itabuna, Ipaú, Itapetinga, Eunápolis e Santo Antonio de Jesus, mais o Vale do Jiquiriçá (região Centro-Sul da Bahia que abrange 20 municípios).

Lista do grupo de fazendeiros da Bahia

Fazendeiros na Bahia reagem para enfrentar o “Abril Vermelho” do MST
(Crédito: Planilha dos núcleos organizados pelos fazendeiros para enfrentar invasões do MST/Reprodução)

O movimento teve origem na cidade de Santa Luzia, onde um pequeno grupo de fazendeiros conseguiu impedir a invasão dos sem-terra. A partir daí, o movimento cresceu e associações e sindicatos rurais têm servido de base para reuniões. Mais recentemente, prefeituras de outras regiões do estado aderiram.

O presidente do Consórcio Chapada Forte, Wilson Paes Cardoso, e prefeito de Andaraí, no centro do estado, divulgou um comunicado dizendo apoiar a reforma agrária.

Ele ressaltou, por outro lado, “ser a desapropriação o caminho correto e que por este motivo discorda veementemente de qualquer ato de invasão ou ocupação por tratar-se de ação que fere garantia constitucional, o direito de propriedade e gera insegurança jurídica”.

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Os sindicatos rurais também têm realizado encontros apoiados pelo time jurídico da Federação de Agricultura do estado da Bahia para “tratar de assuntos referentes às invasões de terra em nosso estado”, segundo nota divulgada.

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