
Dois aviões comerciais precisaram pousar com prioridade no Aeroporto de Guarulhos (SP) na última segunda-feira (24), após os pilotos declararem urgência com o código “pan-pan”. Os incidentes envolveram aeronaves da Gol e da Latam, mas as companhias não divulgaram detalhes sobre os problemas enfrentados.
O que aconteceu com os voos?
Os pousos foram registrados pelo canal Aviação Guarulhos JPD, que captou as comunicações entre os pilotos e a torre de controle. O primeiro avião a declarar “pan-pan” foi um Boeing 737-8EH da Gol, de prefixo PR-GUZ. A aeronave havia partido do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino a Congonhas, em São Paulo. No entanto, após precisar arremeter na capital paulista, o piloto desviou a rota para Guarulhos, onde pousou por volta das 17h.
Devido ao alerta de urgência, viaturas do Corpo de Bombeiros estavam posicionadas na pista para acompanhar o pouso. Em nota, a administradora GRU Airport confirmou que ativou o plano de emergência, mas informou que “nenhuma ação extraordinária foi necessária”.
A Gol explicou que o avião “apresentou problemas técnicos e o voo foi alternado para Guarulhos, onde pousou normalmente, sem qualquer intercorrência”, sem dar detalhes sobre a falha.
Mais tarde, por volta de 20h20, um Airbus A321 da Latam, operando o voo 3613 entre São Luís (MA) e Guarulhos, também declarou “pan-pan” antes do pouso. A empresa informou à CNN que solicitou prioridade na aterrissagem “por uma questão técnica” e garantiu que “o pouso ocorreu em completa segurança no destino e os passageiros desembarcaram sem intercorrências”. Assim como no caso anterior, equipes dos bombeiros aguardavam na pista.
“A companhia reforça que adota todas as medidas de segurança técnicas e operacionais para garantir uma viagem segura para todos”, afirmou a Latam, sem revelar o motivo exato da urgência.
O que significa o código “pan-pan”?
O Grupo Brasileiro de Segurança Operacional da Aviação Geral (BGAST) explica que “pan-pan” é um código utilizado quando uma aeronave enfrenta uma situação de urgência. Embora requeira atenção da torre de controle, não significa que haja risco iminente de acidente.
Segundo o BGAST, essa condição ocorre quando o voo não pode continuar seguindo os procedimentos normais, mas sem que a segurança da aeronave ou dos passageiros esteja imediatamente comprometida.
Já o código “mayday” é usado para emergências mais graves, quando há risco iminente de acidente. “Conceituamos como situação de emergência ou de socorro aquela em que a condição da aeronave, das pessoas a bordo ou das pessoas no solo estão em perigo iminente por qualquer razão, sendo o acidente inevitável ou já consumado”, explica o grupo.
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