Na sexta-feira (24) São Paulo sofreu com uma chuva intensa que trouxe grandes transtornos à população. Considerada uma das maiores precipitações já registradas na cidade, a chuva coincidiu com a véspera do aniversário da capital paulista, provocando uma enxurrada de danos materiais e interrupções no sistema de transporte.
O alagamento de diversas áreas, como a estação São Paulo-Ayrton Senna do Metrô, na Zona Norte, exemplificou a incapacidade das infraestruturas atuais lidarem com eventos climáticos extremos. A situação se agravou em locais como a Avenida Pompeia, onde veículos ficaram submersos e o tráfego foi interrompido por horas.
Quais foram as medidas de resposta imediata do governo?
Em resposta ao desastre, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, destacou a atuação de cerca de 2.400 funcionários que estavam de plantão para ajudar na recuperação da cidade. Veículos de resgate e manutenção foram ativados para atender emergências e minimizar os riscos para os cidadãos.
“Num volume de água igual aquele [na estação São Paulo do Metrô], não adianta, você vai ter problema. É humanamente impossível conter, com a quantidade de água e aquele volume, no mesmo local em um espaço curto de tempo. Ali é um vale. Tivemos situações no passado de ter essa situação, agora é trabalhar para fazer bombeamento”, disse Nunes.
“Agora é fazer ações, pegar o mapa de drenagem e fazer bombeamento como a gente tem o sistema no túnel do Anhangabaú. Mas sinceramente falando, com aquele volume de água, não teria nenhum mecanismo que pudesse evitar aquele tipo de transtorno”, afirmou. “Foi um volume de chuvas enorme. Choveu o equivalente a metade do que estava previsto para chover o mês inteiro. Tivemos vários problemas, mas a resiliência da cidade demonstrou uma cidade sendo devolvida rapidamente com toda essa quantidade de chuva, demostrando que os investimentos que temos na área de drenagem, canalização de córregos e contenção de encostas tem surtido efeito”, disse.
Importância de planejar a infraestrutura urbana contra mudanças climáticas
A tempestade trouxe à tona discussões sobre as mudanças climáticas e a crescente necessidade de um planejamento urbano apropriado. De acordo com o prefeito, a cidade enfrenta desafios climáticos globais, exigindo um aumento nos esforços de conservação e gerenciamento das águas pluviais.
Nunes ressaltou que a cidade possui atualmente um ‘Plano Diretor de Drenagem’ que serve como um guia para intervenções específicas em áreas vulneráveis como a Avenida Pompeia. Este plano inclui a ampliação de galerias e implementação de piscinões capazes de suportar o volume crescente de águas pluviais.
Quais são os próximos passos para melhorar a resiliência da cidade?
O governo municipal planeja licitar novos projetos, incluindo mais um piscinão no Rio Verde, em Itaquera. Essas iniciativas visam reparar e melhorar as infraestruturas existentes para acomodar eventos climáticos severos no futuro.
A necessidade de estruturas com maior capacidade de drenagem aponta para a urgência em adaptar São Paulo a sua nova realidade climática. É essencial que as ações sejam baseadas em estudos atualizados e em uma compreensão dos padrões climáticos em rápida evolução.
Siga a gente no Google Notícias
Ver essa foto no Instagram