O episódio das brasileiras presas injustamente na Alemanha por terem as bagagens trocadas por malas com drogas acendeu um alerta em muitos passageiros, que passaram a fotografar a mala e até mesmo fazer rastreamento.
Em reportagem de Camila Corsini para o site Uol, muitos passageiros falaram dos procedimentos que estão adotando para evitar algo semelhante ao que aconteceu com Jeanne Paolini e Kátyna Baía, que tiveram as etiquetas das bagagens trocadas no aeroporto de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo.
Uma das entrevistadas, a estudante Natasha Nascimento, estava prestes a embarcar para a Inglaterra e conta o procedimento adotado por precaução: “Várias pessoas me mandaram o vídeo [das etiquetas sendo trocadas], então vou fotografar e filmar minha mala, inclusive aberta, na hora de despachar”, afirmou a jovem, que chegou a imaginar que, caso aconteça alguma coisa, tem comprovação de que aquela mala não é a dela.
Temor também sentido por Gledson Campos, que estava em Guarulhos esperando um voo para os Estados Unidos. “Costumo sempre despachar [as malas], mas tenho muito medo de extravio. Desta vez, mais gente falou para eu tomar cuidado”.
Entenda o caso
As duas brasileiras iriam ficar 20 dias na Europa e foram presas no dia 5 de março em Frankfurt. Policiais alemães encontraram no bagageiro do avião duas malas com 20 kg de cocaína cada com os nomes delas. A Polícia Federal no Brasil descobriu que as etiquetas das bagagens foram adulteradas por uma quadrilha internacional de traficantes.
Depois de 38 dias na prisão, elas finalmente puderam ver e abraçar a família. O encontro foi no consulado brasileiro em Frankfurt, na Alemanha. Depois, foram comemorar em um restaurante.
Ver essa foto no Instagram