O Sul do Brasil se prepara para enfrentar um período de instabilidade climática. Áreas de baixa pressão atmosférica estão formadas e têm o potencial de se transformar em ciclones, provocando chuvas intensas e rajadas de vento fortes. Este fenômeno meteorológico complexo desafia a precisão dos modelos numéricos, que têm mostrado projeções divergentes quanto ao seu desenvolvimento e impacto.
Nesta sexta-feira, as condições climatológicas se modificam à medida que sistemas de instabilidade avançam a partir do Oeste. Enquanto isso, o restante da região experimenta um clima abafado com temperaturas elevadas. A previsão é que a chuva comece do final da tarde para a noite, afetando vários pontos, embora irregularmente distribuída. No sábado, a instabilidade progride para o oceano, mas permanecerá em algumas áreas intercalada com breves períodos de melhoria.
Quais são os riscos climáticos esperados?
O cenário meteorológico atual, com áreas de baixa pressão no radar, traz riscos significativos de chuvas volumosas e ventanias. A possibilidade de formação de dois ciclones, dos quais um poderá ter trajetória errática. Os meteorologistas destacam a importância do monitoramento constante devido às dificuldades de previsão apresentadas pelos modelos climáticos, especialmente no caso da segunda área de baixa pressão.
Por que os modelos climáticos estão apresentando previsões tão divergentes?
Os modelos climáticos utilizados pelos meteorologistas apresentam divergências significativas nas previsões. Isso reflete a alta complexidade do atual sistema atmosférico, com diferentes modelos, como o europeu ECMWF e o norte-americano GFS, indicando cenários divergentes quanto à localização e intensidade dos eventos. Essas discrepâncias em projeções de grande escala são incomuns e refletem a incerteza associada a eventos climáticos raros.
- Modelo europeu: projeta um ciclone de 997 hPa na costa do Rio Grande do Sul.
- Modelo norte-americano: indica duas áreas de baixa pressão significativas.
- Modelo canadense e alemão: sugerem atividade ciclônica mais ao largo da costa.
O que esperar do clima no Rio Grande do Sul?
Dada a diversidade nas projeções dos modelos, os impactos previstos também variam amplamente. Existe uma preocupação específica com relação às chuvas e ventos fortes, especialmente em áreas como o Sul e Leste do Rio Grande do Sul. Mapas de modelos de alta resolução, como o WRF, revelam a possibilidade de precipitações intensas que podem levar a inundações localizadas. As áreas mais afetadas podem ver volumes de chuva capazes de causar alagamentos.
- Monitorar atualizações meteorológicas regularmente.
- Preparar-se para possíveis cortes de energia devido a ventos fortes.
- Garantir itens de emergência disponíveis em caso de eventos climáticos severos.
O comportamento atípico das áreas de baixa pressão no Sul do Brasil requer um acompanhamento atento por parte dos meteorologistas e das autoridades locais.
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