No final de novembro de 2024, várias regiões do Brasil experimentaram temperaturas extremas, com os termômetros ultrapassando os 38°C em diversos estados. A escassez de nebulosidade e a abundante insolação são fatores que contribuem significativamente para esse fenômeno, especialmente no Nordeste. Apesar de o calor ser uma característica comum dessa época do ano nas áreas interiores, a intensidade e a amplitude das altas temperaturas chamaram a atenção.
Nos estados do Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte e Maranhão, o sol forte prevaleceu durante grande parte do dia, contribuindo para o aumento considerável das temperaturas. Entretanto, o calor não se limitou apenas ao Nordeste; estados como Paraná, Rio de Janeiro, Goiás e Mato Grosso do Sul também observaram uma elevação acentuada nas temperaturas devido à combinação da redução na nebulosidade e ventos quentes vindos do Norte do país.
Por que o clima está tão quente?
A proximidade do solstício de verão, que ocorre em 21 de dezembro, é um fator natural que aumenta a insolação sobre o Brasil e todo o Hemisfério Sul. Durante esse período, os dias se tornam mais longos, com o pôr do sol acontecendo mais tarde. Isso significa que há mais horas de sol disponíveis para aquecer o ar, contribuindo para temperaturas mais elevadas.
Além disso, os ventos quentes provenientes do Norte têm desempenhado um papel crucial no aumento das temperaturas em regiões como Goiás e Mato Grosso do Sul. Essa combinação de fatores meteorológicos é típica deste período do ano, mas nem sempre resulta em temperaturas tão elevadas como as registradas em 2024.
Quais foram as temperaturas mais altas registradas?
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou algumas das temperaturas mais altas em 27 de novembro de 2024. A cidade de Jaguaribe, no Ceará, liderou o ranking com 39,7°C. Seguindo de perto, Castelo do Piauí marcou 39,2°C, e Aragarças, em Goiás, ficou com 39°C. Esses registros destacam o pico de calor enfrentado por essas regiões.
- Jaguaribe (CE) – 39,7°C
- Castelo do Piauí (PI) – 39,2°C
- Aragarças (GO) – 39,0°C
- Caicó (RN) e Piripiri (PI) – 38,7°C
- Paranapoema (PR), Campo Maior (PI), Caxias (MA) – 38,6°C
- Seropédica (RJ) e Chapadinha (MA) – 38,5°C
- Rio de Janeiro (RJ) – 38,4°C
- Patos (PB) – 38,2°C
- Niterói (RJ), Oeiras (PI) e Bacabal (MA) – 38,1°C
- Porto Murtinho (MS) – 38,0°C
Quais as implicações do calor extremo?
O calor extremo tem várias implicações tanto para a população quanto para o meio ambiente. É crucial que cidadãos tomem precauções, como a hidratação constante e a busca de ambientes frescos para evitar problemas de saúde relacionados ao calor. Além disso, o aumento na demanda por eletricidade, devido ao uso intensivo de aparelhos de ar-condicionado e ventiladores, pode sobrecarregar as redes elétricas.
O meio ambiente também sofre, com possíveis impactos em ecossistemas locais e aumento do risco de incêndios florestais em áreas vulneráveis. Portanto, é vital que medidas de prevenção e conscientização sejam reforçadas para mitigar os efeitos adversos do calor extremo.
O que esperar nos próximos dias?
Com a aproximação do verão, é esperado que as temperaturas continuem elevadas. No entanto, a variabilidade climática pode trazer episódios intercalados de chuva, que podem ajudar a aliviar temporariamente o calor em algumas regiões. É importante que a população permaneça informada sobre as previsões meteorológicas e adote práticas que ajudem a lidar com o clima quente.
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