O desaparecimento de Valter Agostinho de Faria Junior e Araceli Cristina Zanella, ocorrido no mês passado em Biguaçu, região da Grande Florianópolis, levanta inúmeros questionamentos sobre segurança e conflitos pessoais. O casal, visto pela última vez no dia 11 de novembro, teria sido vítima de homicídio em decorrência de disputas relacionadas à cobrança de aluguel.
As investigações conduzidas pela Polícia Civil de Santa Catarina resultaram na prisão de seis suspeitos, incluindo o casal de inquilinos. O delegado responsável pelo caso, Anselmo Cruz, aponta que o trágico desfecho para Valter e Araceli possa ter ocorrido no mesmo dia em que desapareceram, o que torna a situação ainda mais delicada.
O que levou ao desfecho trágico do casal em Biguaçu?
A investigação do desaparecimento destacou que as vítimas possuíam um imóvel alugado que operava como um bar. As tensões sobre os atrasos no pagamento do aluguel teriam desencadeado uma série de crimes que culminaram no sequestro e provável assassinato do casal. Segundo relatos, eles teriam sido mantidos em cativeiro durante todo o dia 11 de novembro e, posteriormente, eliminados por seus algozes.
Com base no depoimento do delegado ao G1, Valter e Araceli foram coagidos a permanecerem dentro do estabelecimento que administravam. A decisão de apossar-se dos bens financeiros do casal, como a utilização indevida de cartões e transferências bancárias, reforça a premeditação do ato criminoso.
Quem eram Valter e Araceli?
O relacionamento de do casal durou aproximadamente cinco anos. Araceli mudou-se para Biguaçu para residir com Valter, onde juntos estabeleciam sua vida, incluindo um comércio que administravam. Estavam em processo de mudança para Governador Celso Ramos, localidade costeira que representava o sonho de aposentadoria de Valter, evidenciando os planos de um futuro tranquilo e longe de conflitos.
Essas informações desenham um cenário de vida modesta e trabalhadora, interrompido abruptamente por eventos trágicos e inesperados. A falta de retorno sobre o paradeiro dos corpos adiciona uma camada de incerteza e dor para os parentes e amigos que aguardam por respostas.
Por que ninguém colaborou com a investigação?
Durante as investigações, a polícia enfrentou um silêncio quase absoluto dos suspeitos. Nenhum dos presos revelou detalhes sobre o paradeiro dos corpos ou admitiu envolvimento direto no crime. Essa ausência de cooperação dificulta ainda mais a solução do caso, que já é marcado pela falta de provas concretas e tem maior foco em indícios e rastros deixados pelos criminosos.
As buscas são contínuas, especialmente em áreas arborizadas de Biguaçu e São José, locais considerados prováveis para o sepultamento dos corpos do casal. Entretanto, as dificuldades enfrentadas por investigadores na obtenção de informações concretas tornam a resolução mais complexa.
Quais são os próximos passos das autoridades?
A polícia civil segue empenhada em resolver o caso, apesar dos obstáculos enfrentados. As buscas em terrenos de difícil acesso continuam a ser uma prioridade, enquanto as investigações paralelas sobre fraude financeira são empreendidas para garantir que todos os envolvidos sejam responsabilizados.
Espera-se que o avanço nas investigações e a eventual cooperação de quaisquer informantes tragam luz a este mistério. Enquanto isso, a comunidade permanece em estado de alerta, aguardando conclusões que possam trazer algum alívio para os que conheciam e amavam Valter e Araceli.
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