Chuvas fortes atingem regiões norte e noroeste do estado do Rio

O governador Cláudio Castro e o secretário de Defesa Civil, Leandro Monteiro, acompanham o aumento do nível dos rios nas regiões norte e noroeste

Fortes chuvas atingem, desde sexta-feira (7), as regiões norte e noroeste do estado do Rio de Janeiro, causando transtornos à população de vários municípios. No fim de semana, o Corpo de Bombeiros atendeu mais de 150 ocorrências relacionadas às chuvas. Os rios Muriaé, Carangola, Itabapoana, Pomba e Paraíba do Sul transbordaram, provocando alagamentos em dez municípios: Itaperuna, Itaocara, Italva, Natividade, Porciúncula, Bom Jesus do Itabapoana, Laje do Muriaé, Cambuci, Aperibé e Santo Antônio de Pádua.

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A Defesa Civil do Estado informou que, nesse período, houve deslizamentos e queda de árvores, sem fatalidades, em Petrópolis, Cachoeiras de Macacu, São Sebastião de Alto e Cantagalo.

O governador Cláudio Castro e o secretário de Defesa Civil, Leandro Monteiro, acompanham o aumento do nível dos rios nas regiões norte e noroeste. Para minimizar os danos, o governo estadual enviou máquinas e equipes técnicas aos municípios mais afetados. Agentes estaduais visitam as duas regiões para verificar as condições locais e identificar os tipos de apoio necessários às prefeituras. A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Obras (Seinfra) cedeu caminhões, escavadeiras e retroescavadeiras para limpeza e abertura de vias.

Em parceria com os governos municipais, o Departamento de Estradas de Rodagem do Rio faz o trabalho de desobstrução de rodovias e de contenção emergencial de encostas. Entre as vias atendidas, há trechos das RJ-146, entre Santa Maria Madalena e Trajano de Moraes, a RJ-172, de Macuco a Manoel de Moraes, a RJ-134, a RJ-123, a RJ-117, em Araras, e a RJ-155, em Rio Claro.

Italva

Equipes da prefeitura de Italva, no noroeste fluminense, continuam trabalhando na recuperação da cidade atingida com a subida do nível do Rio Muriaé. O prefeito Leonardo Orato Rangel acompanhou o serviço de emergência nas ruas do município. As localidades mais atingidas foram São Pedro Paraíso, estrada da Florida/Surubi, bairro Saldanha da Gama, Morro Grande, Boa Vista e Parque Industrial.

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A equipe de Engenharia Civil da prefeitura foi acionada para dar total apoio técnico ao Gabinete de Crise instaurado para realizar as ações necessárias no atendimento e socorro à população. Em caso de emergência, os moradores de Italva devem procurar a Defesa Civil pelos telefones 022 998558281, 022 999302199 ou 199.

Em Natividade, a população diz que todo ano a situação é a mesma. Segundo o representante farmacêutico Welison Galvão, o nível do rio começou a subiu ontem (9), por volta das 8h. “Já transbordou mais de 5 metros desde lá debaixo do rio. Todo mundo teve que tirar as coisas de casa, levar para outros lugares, ou levantar para não perder, porque alagou tudo aqui na região”, disse Galvão à Agência Brasil.

Welison Galvão e a mulher, Valéria, moram no terceiro piso de uma casa de três andares e os pais, no primeiro. “Desta vez, a água chegou à porta da entrada da sala. No ano passado, foi 1,40 metro dentro de casa. E eu moro longe do Rio. Todo ano está acontecendo isso”, disse.

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Capital

Entre quinta-feira (6) e o início da manhã de desta segunda-feira, a Defesa Civil do Rio registrou 180 chamados da população. De acordo com a Secretaria Municipal de Ordem Pública, a maioria dos chamados foi para pedir vistoria em imóveis com rachaduras ou infiltrações. Também houve pedidos de atendimento após deslizamentos de terra. Os bairros com maior número de pedidos foram: Tijuca (10), Campo Grande (8), Andaraí (6), Bangu (5), Vila Isabel (5) e Grajaú (5).

Entre os chamados, 31 foram classificados como emergenciais e resultaram na interdição de 30 imóveis, sete no Complexo do Alemão; quatro em Inhaúma; três no Cachambi; dois em Bangu, Senador Camará, Catumbi, Tijuca e Abolição e um em São Cristóvão, Vila Isabel, Andaraí, Centro, Vaz Lobo e Grajaú. Equipes da Defesa Civil ainda estão nas ruas para vistorias e atendimento de chamados da população.

Também na capital, em casos de emergência, a Defesa Civil pode ser acionada pelo do telefone 199.

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As condições meteorológicas, o acumulado de chuvas e o nível dos rios estão sendo monitorados pela Defesa Civil estadual, que envia alertas para as regiões com risco de deslizamentos e inundações. Para esta segunda-feira, está prevista chuva fraca a moderada, de forma isolada, em todas as regiões do estado, por causa de uma zona de convergência do Atlântico Sul sobre a Região Sudeste.

A Defesa Civil estadual alerta que ainda há risco de alagamentos e deslizamentos.

Recomendações

Segundo a Defesa Civil, em situações adversas, é preciso ficar atento ao toque das sirenes e às orientações de segurança emitidos. O órgçao sugere que as pessoas se cadastrem para receber no celular alertas de risco de desastres. Basta mandar um SMS com o CEP para o número 40199.

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Outra recomendação é montar um kit com itens pessoais básicos, incluindo documentos, receitas médicas, remédios de uso contínuo e cartão do Sistema Único de Saúde (SUS). A população precisa também se informar previamente sobre os locais que funcionarão como abrigos ou pontos de apoio, em caso de emergência. Os telefones que podem ser chamados são o do Corpo de Bombeiros RJ (193) e o da Defesa Civil local (199).

Quanto aos riscos hidrológicos, aconselha-se que uma pessoa da família fique atenta ao nível de subida das águas, inclusive à noite. Se houver elevação e risco de alagar a residência, as pessoas devem retirar aparelhos eletrônicos da tomada, fechar o gás e os registros de água e recolher animais.

Em vias alagadas, não se deve fazer deslocamento a pé ou de carro. O melhor é esperar a água escoar para sair.

No caso de riscos geológicos, é preciso prestar atenção a qualquer movimentação no terreno. Se aparecerem fendas ou depressões, rachaduras nas paredes e inclinação de árvores e postes, ou surgirem minas d’água, deve-se deixar o local e comunicar imediatamente à Defesa Civil. Se a residência está localizada em área de risco alto ou muito alto, as pessoas devem se abrigar em casa de amigos e parentes fora da zona de perigo, ou no ponto de apoio mais próximo, e ali permanecer até a Defesa Civil Municipal autorizar o regresso à moradia.

(Agência Brasil)

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