Ciclone bomba: Evento raro aprofunda 62 hPa e impacta o sul do Brasil

Ciclone bomba: Evento raro aprofunda 62 hPa e impacta o sul do Brasil
Ciclone bomba: Evento raro aprofunda 62 hPa e impacta o sul do Brasil – Crédito: depositphotos.com / Arch88

O Atlântico Sul recentemente foi cenário de um fenômeno climático marcante. Um ciclone bomba, caracterizado por uma queda de pressão atmosférica de pelo menos 24 hPa em 24 horas, aprofundou-se em notáveis 62 hPa ao longo de dois dias. Esse evento, embora esteja situado a cerca de 2.500 quilômetros a sudeste do Rio Grande do Sul, trouxe consigo uma intensa linha de instabilidade meteorológica para a região sul do Brasil.

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A formação deste ciclone teve início junto ao litoral uruguaio e esteve associada a uma frente fria que provocou tempestades severas no Rio Grande do Sul. Ventos fortes, acima de 100 km/h, causaram extensos danos e interrupções de energia para milhões de pessoas. Embora ciclones intensos sejam comuns em latitudes mais ao sul, a magnitude desta queda de pressão é considerada um evento raro.

Como os ciclones bombas se formam?

O processo de formação de um ciclone bomba, também conhecido como ciclogênese explosiva, ocorre quando há uma rápida profundidade em um sistema de baixa pressão atmosférica. Esse fenômeno é usual em regiões temperadas, mas a sua presença no Atlântico Sul com tamanha intensidade é fora do comum. A pressão atmosférica deste ciclone começou em 999 hPa na Bolívia de Buenos Aires, caindo para 970 hPa em apenas 24 horas.

Nessa diminuição, o ciclone se distanciou do continente, localizando-se nas coordenadas 40°S e 42°W, onde sua pressão caiu ainda mais para 937 hPa. Este valor se assemelha à pressão de um furacão categoria 4 do Atlântico Norte, indicando a força considerável desse sistema meteorológico.

Tempestade – Créditos: depositphotos.com / fabiofersa

Como o ciclone bomba afetou o litoral sul do Brasil?

Apesar da considerável distância do ciclone bomba do território brasileiro, sua influência não passou despercebida. O ponto de impacto mais direto foi a agitação marítima no Litoral Sul do Rio Grande do Sul. Este efeito foi causado pelo amplo campo de vento forte sobre mar aberto, gerando um aumento nas ondas que, eventualmente, se propagam para o Litoral Norte gaúcho, bem como para as costas de Santa Catarina e Paraná.

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As previsões meteorológicas sugerem que o risco de ressaca, embora presente, não será excepcionalmente grande. A distância do ciclone em relação à terra firme contribuiu para minimizar os efeitos diretos de ventania prolongada que poderiam ter sido observados nas áreas costeiras.

Por que este ciclone é importante?

Eventos como o ciclone bomba no Atlântico Sul são de grande importância para a meteorologia e para a compreensão dos padrões climáticos globais. A capacidade de prever e monitorar esses fenômenos permite que as autoridades e comunidades se preparem adequadamente para minimizar os danos. Além disso, estudá-los amplia o conhecimento sobre as forças que regulam os sistemas climáticos do planeta.

A rápida intensificação demonstrada por este ciclone destaca a importância dos avanços tecnológicos em previsão do tempo, permitindo que sistemas como o Centro Meteorológico Europeu forneçam análises detalhadas e precisas para ajudar na mitigação de potenciais desastres naturais.

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