Como a ausência de La Niña e a temperatura do Atlântico impactarão o verão brasileiro?

Como a ausência de La Niña e a temperatura do Atlântico impactarão o verão brasileiro
Como a ausência de La Niña e a temperatura do Atlântico impactarão o verão brasileiro – Créditos: depositphotos.com / VBaleha

O verão de 2024/2025 tem início oficialmente no dia 21 de dezembro e se estenderá até 20 de março de 2025. Este período será pautado por condições climáticas intrigantes, em especial devido à ausência do fenômeno El Niño. Diferentemente do último verão, que se destacou pelo aumento das temperaturas globais, a perspectiva para este ano é de uma estação mais equilibrada.

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Globalmente, os oceanos mantêm-se quentes, exceto no Pacífico Equatorial, próximo à costa do Peru, onde um resfriamento está presente. No entanto, esse esfriamento não se caracteriza como um La Niña, fenômeno que poderia impactar significativamente nos padrões climáticos do país.

Quais serão os impactos da ausência de La Niña no Brasil?

Sem a presença de um La Niña completamente desenvolvido, o resfriamento no Pacífico Equatorial influenciará o regime de chuvas e temperaturas. Prevê-se que este fenômeno facilite a formação de corredores de umidade ligando o Norte, Centro-Oeste e Sudeste do Brasil, resultando em chuvas mais abundantes nesses locais.

Chuva forte – Créditos: depositphotos.com / Putt_1983

Como a temperatura do Atlântico Sul afetará o clima no Sudeste?

A temperatura do Atlântico Sul favorecerá a passagem de frentes frias, que desempenharão um papel crucial na formação de áreas de instabilidade no Sudeste. Este padrão pode levar à formação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), que é conhecida por canalizar umidade e causar fortes chuvas.

Como o atraso da ZCIT afetará o Nordeste em 2025?

A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) afeta significativamente as chuvas no Nordeste do Brasil durante o verão. Porém, para 2025, espera-se um atraso na sua aproximação devido ao padrão de temperatura desfavorável entre o Atlântico Tropical Norte e Sul. Com o Atlântico Norte mais aquecido, a ZCIT poderá se manter afastada da costa brasileira, o que altera os padrões de precipitação.

O que cada região pode esperar no verão?

  • Região Sul: Espera-se um verão com chuva irregular e temperaturas mais elevadas, especialmente no Rio Grande do Sul. Ondas de calor também são possíveis.
  • Região Sudeste: Com frentes frias frequentes, a região deve alternar entre semanas chuvosas e de calor. Espera-se mais chuva do que em verões anteriores, o que ajudará a manter as temperaturas médias.
  • Região Centro-Oeste: A presença de corredores de umidade resultará em chuvas mais frequentes, mas sem ondas de calor significativas.
  • Região Nordeste: O atraso na aproximação da ZCIT pode manter o clima quente, mas chuvas acima da média são previstas conforme o sistema de umidade se deslocar para a região.
  • Região Norte: Embora a previsão seja de menos chuva do que a média, as chuvas serão volumosas, favorecendo a recuperação dos rios.

Como o verão de 2024/2025 afetará o clima no Brasil?

O verão de 2024/2025 no Brasil será marcado por características climáticas distintas, sem o impacto típico do La Niña e com influências de padrões de temperatura oceânica. As expectativas apontam para um regime de chuvas significativo em diversas regiões do país, com variações sazonais importantes que poderão afetar o cotidiano de muitos brasileiros. Portanto, é essencial ficar atento às previsões climáticas para melhor se adaptar às mudanças de tempo que virão.

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