
De acordo com os últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2021, onze municípios são responsáveis por quase um quarto do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. Estes números destacam a importância econômica de certas regiões, sendo São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília os principais contribuintes. Notavelmente, estes municípios mantêm uma participação significativa na economia nacional, demonstrando a centralização da atividade econômica.
São Paulo lidera essa lista com uma participação de 9,20% no PIB, seguido de perto pelo Rio de Janeiro e Brasília. Estas três cidades são conhecidas por serem centros de negócios, administração e comércio. Entretanto, outros municípios como Belo Horizonte, Manaus e Curitiba também desempenham papéis vitais no cenário econômico brasileiro. Essas cidades somam mais de 1% cada uma, reforçando sua relevância.
Quais são os municípios de destaque?
Dentro do grupo dos municípios de maior PIB, encontramos cidades com ascensão notável, como Osasco, na região metropolitana de São Paulo. Em menos de uma década, Osasco subiu de 16ª para 7ª posição, refletindo seu crescimento econômico impulsionado pela instalação de grandes empresas de tecnologia. Além disso, Maricá experimentou um crescimento excepcional, passando de 26º para 8º lugar na lista em um ano.

Esta ascensão em Maricá está fortemente ligada à extração de petróleo e gás, com o município recebendo significativos percentuais de arrecadação graças à participação especial destas operações. Em 2021, Maricá arrecadou cerca de R$ 1,33 bilhão em royalties.
Impacto dos recursos naturais no PIB de Maricá
A cidade de Maricá, localizada no estado do Rio de Janeiro, destacou-se ao alavancar sua economia com a exploração de recursos naturais, especificamente petróleo e gás. Este impulso econômico é em grande parte devido aos valores recebidos em royalties e participações especiais, que são repassados pela exploração de recursos não renováveis. No caso de Maricá, foram mais de R$ 2,88 bilhões de receitas relacionadas a estas atividades em 2021.
Estas receitas permitiram ao município não só investir em infraestrutura, mas também em serviços essenciais, promovendo um desenvolvimento regional mais equilibrado e sustentável.
Por que alguns municípios perderam espaço no PIB?
Enquanto alguns municípios ganharam espaço, outros perderam participação no cenário econômico nacional. Cidades tradicionalmente fortes como Curitiba e Porto Alegre caíram no ranking, descendo uma posição cada, principalmente devido às flutuações no setor de serviços. Servindo como um exemplo, São Paulo e Porto Alegre sentiram os impactos nas atividades financeiras e de seguros, ao passo que Brasília e Belo Horizonte foram influenciadas pela administração pública.
Esta diminuição é um reflexo da reestruturação econômica pós-pandemia, que afetou significativamente os serviços presenciais e outras áreas, levando a uma busca por alternativas de crescimento econômico sustentável.
Tendências econômicas e a desconcentração do PIB
Entre as 185 concentrações urbanas do Brasil, 132 perderam participação no PIB nacional entre 2020 e 2021, o que indica uma tendência de desconcentração econômica. Essa alteração destaca um movimento significativo onde novas áreas começam a emergir, suportadas por diferentes modelos econômicos que não dependem exclusivamente dos grandes centros urbanos.
A recuperação econômica observada nas capitais maiores após a crise pandêmica ainda não retornou aos níveis vistos em 2019. Esta realidade desafiadora sugere a necessidade de estratégias econômicas adaptativas, que considerem tanto a inovação quanto a sustentabilidade, promovendo assim um crescimento uniforme e sustentável em todo o território nacional.
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