calamidade pública

Cratera enorme avança e ameaça engolir cidade no Maranhão

O avanço de crateras causadas por erosão levou a prefeitura de Buriticupu a decretar estado de calamidade pública nesta semana.
Voçoroca ameaça cidade de Buriticupu (MA) – Crédito: Prefeitura de Buriticupu

O avanço de crateras causadas por erosão levou a prefeitura de Buriticupu, município a 400 km de São Luís, a decretar estado de calamidade pública nesta semana. O problema, que se arrasta há décadas, ameaça centenas de casas e coloca moradores em situação de risco.

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As chamadas voçorocas — grandes buracos formados pela ação da água das chuvas — estão se expandindo rapidamente e já avançaram mais de 20 metros em direção a áreas habitadas. Algumas dessas fendas chegam a ter centenas de metros de extensão e dezenas de metros de profundidade.

A erosão tem se agravado nos últimos meses devido ao período chuvoso. Um laudo técnico do Departamento de Engenharia municipal confirmou que o avanço das crateras está acelerado, exigindo medidas emergenciais para evitar novos desmoronamentos.

Quantas famílias correm risco com o avanço da cratera?

De acordo com a prefeitura, aproximadamente 1.200 pessoas vivem em áreas vulneráveis, onde o solo instável pode ceder a qualquer momento. Além disso, 250 moradias estão diretamente ameaçadas pela expansão das voçorocas.

Para minimizar os impactos, o decreto autoriza a desapropriação de imóveis nessas áreas e prevê a transferência dos moradores para locais seguros. O documento, no entanto, não especifica quais serão as novas áreas destinadas às famílias afetadas. O texto determina que a reconstrução das moradias contará com o apoio da comunidade.

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A medida também permite a dispensa de licitação para contratos emergenciais relacionados à contenção das erosões. O prazo estabelecido para essas ações é de seis meses.

O prefeito João Carlos Teixeira se reuniu em Brasília com o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, para tratar da liberação de recursos destinados às obras emergenciais. A administração municipal aguarda a autorização para o início das intervenções.

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Enquanto isso, moradores seguem apreensivos, temendo que o solo ceda e suas casas sejam engolidas pelos buracos. A prefeitura reforça a necessidade de colaboração entre os órgãos estaduais e federais para evitar que a situação se agrave ainda mais.

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