A diretora da escola privada Colmeia Mágica, investigada por maus-tratos e tortura contra crianças em São Paulo, se entregou à polícia no final da noite desta quinta-feira (28). Roberta Regina Rossi Serme chegou ao DP Central de Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, por volta de 23h30.
A acusada era considerada foragida da Justiça. Roberta deve ser transferida para a Penitenciária Feminina de Tremembé, mesmo local em que sua irmã Fernanda Carolina Rossi Serme se encontra.
Fernanda, de 37 anos é pedagoga e foi presa nesta segunda-feira (25) em Mogi das Cruzes, na casa de parentes. Além das irmãs, proprietárias do colégio, a auxiliar de limpeza Solange da Silva Hernandez, de 55 anos, também é investigada por suspeitas de maus-tratos, aplicando castigos aos alunos que se recusavam a se alimentar ou que choravam.
O caso teve alta repercussão após vídeos de bebês sofrendo maus-tratos viralizaram nas redes sociais. As imagens mostram alunos da creche chorando em banheiros, amarrados com lençóis. Os braços das crianças eram imobilizados com panos, como se utilizassem camisas de força.
Segundo o portal G1, fotos de crianças machucadas também foram compartilhadas. A princípio Roberta, a diretora do colégio, teve a prisão preventiva decretada por 30 dias. O tempo de cumprimento da ação expirou na última sexta-feira (22). Assim, a polícia solicitou a mudança da prisão para preventiva e a Justiça aceitou.
De acordo com a polícia, Roberta além de planejar fugir, retirou materiais de dentro da escola para atrapalhar as investigações e ameaçou as funcionárias. Todas as três investigadas negam as acusações e se dizem inocentes.
Bebês eram medicados com dipirona para dormir, diz polícia sobre Escola de Educação Infantil Colmeia Mágica, em SP, acusada por crimes de maus-tratos. Professores indicam que castigos por mau comportamento incluíam até mesmo “punições corporais”. https://t.co/Oqztfjbhxn pic.twitter.com/7z5OzP8XnS
— Mídia NINJA (@MidiaNINJA) March 24, 2022