Distrito Federal em alerta climático: 167 dias sem chuva e recorde de temperatura em 2024

Distrito Federal em alerta climático: 167 dias sem chuva e recorde de temperatura em 2024
Distrito Federal em alerta climático: 167 dias sem chuva e recorde de temperatura em 2024 – Crédito: depositphotos.com / thenews2.com

O Distrito Federal viveu em 2024 um dos anos mais quentes de sua história recente, com temperaturas recordes e longos períodos de estiagem. A região enfrentou 167 dias sem chuvas, o que aumentou muito os problemas de saúde na população, como dores de cabeça e doenças respiratórias. A expectativa para 2025 é de temperaturas menos intensas e umidade mais elevada devido à ocorrência do fenômeno climático La Niña.

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Nos primeiros meses de 2025, as chuvas retornaram, trazendo alívio às altas temperaturas registradas no final do ano anterior. A meteorologista Andrea Ramos explica que, enquanto 2023 e 2024 foram marcados pelo aquecimento do El Niño, 2025 poderá ser influenciado por La Niña, um fenômeno associado a temperaturas mais amenas.

Como o La Niña afetará o clima do Distrito Federal?

O La Niña é conhecido por causar resfriamento nas águas do Oceano Pacífico, o que influencia diretamente as condições climáticas no Brasil. Ao contrário do El Niño, que tende a trazer calor e estiagem para o Sul e chuvas para o Norte e Nordeste, o La Niña favorece um clima mais chuvoso e temperaturas mais amenas na região central do Brasil, incluindo o Distrito Federal.

Apesar disso, a intensidade do La Niña prevista é considerada fraca e de curta duração, com expectativa de neutralidade climática já nos meses de fevereiro a março. Esta perspectiva leva a um aumento das precipitações além das características usuais do verão, que já se apresenta como uma estação quente e úmida.

Fortaleza enfrenta mais um dia típico de clima tropical
Termômetro de rua – Créditos: depositphotos.com / thenews2.com

Medidas sustentáveis para enfrentar o calor extremo

Com as mudanças climáticas se intensificando, é essencial adotar medidas sustentáveis para mitigar seus efeitos. Cidades mais arborizadas podem ajudar a reduzir as ondas de calor, pois áreas verdes absorvem menos calor que áreas urbanizadas e concretadas.

  • Valorização e preservação de parques e áreas verdes.
  • Recuperação de áreas degradadas.
  • Promoção do transporte público para reduzir emissões de gases do efeito estufa.

Essas estratégias de mitigação e adaptação são fundamentais para que a população se prepare para as mudanças climáticas, por exemplo, melhorando a drenagem urbana para evitar alagamentos durante chuvas intensas e promovendo a educação ambiental.

Quais foram os principais desafios de 2024?

O ano de 2024 foi marcado por desafios climáticos e de saúde no Distrito Federal. Em 5 de outubro, o termômetro atingiu 37,5°C em meio à seca, causando desconforto extremo e impactando a rotina dos moradores. O relato de Ademir Picanço e sua família, que tiveram que interromper uma viagem devido ao calor, exemplifica bem como essas condições afetam o dia a dia das pessoas.

Nessas condições, adaptações emergenciais, como buscar locais mais frescos, se tornaram comuns. A necessidade de medidas permanentes, no entanto, é evidente para enfrentar desafios semelhantes no futuro, garantindo a qualidade de vida da população apesar das mudanças climáticas em curso.

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