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Em depoimento, sogra revela passo a passo do preparo de bolo envenenado

Ao elaborar o bolo envenenado, Zeli usou farinha que descreveu como "estranha", mas atribuiu essa característica à baixa qualidade do produto
Ao elaborar o bolo envenenado, Zeli usou farinha que descreveu como “estranha”, mas atribuiu essa característica à baixa qualidade do produto – Crédito: Sofia Villela / IGP / RS

Uma tragédia chocou a cidade de Torres, no Rio Grande do Sul, com a morte de três pessoas supostamente envenenadas após consumirem um bolo de reis. O enredo se desenrola com a sogra de Deise Moura dos Anjos, Zeli dos Anjos, que preparou o bolo fatalmente contaminado. O caso ganhou destaque nacional devido à complexidade das relações e ao desfecho trágico.

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A principal acusada, Deise Moura dos Anjos, encontra-se sob investigação policial, após indícios de que teria envenenado a farinha com arsênio. O motivo do crime ainda está em apuração, mas as consequências foram devastadoras, resultando na morte de Maida e Neuza, irmãs de Zeli, e de Tatiana, sobrinha de Zeli.

Como o episódio do bolo envenenado se desdobrou?

Zeli decidiu fazer um bolo como homenagem ao falecido marido, Paulo Luiz dos Anjos, que também teria sido uma vítima de envenenamento, mas através de leite em pó. Ao elaborar o bolo envenenado, Zeli usou farinha que descreveu como “estranha”, mas atribuiu essa característica à baixa qualidade do produto, que era fruto de doações para vítimas de enchentes na região.

O bolo foi preparado em Arroio do Sal, onde Zeli residia, e levado até Torres para compartilhar com a família. Por volta das 16h, o bolo começou a ser servido, e já no primeiro contato, Tatiana percebeu um gosto anômalo. Apesar disso, algumas pessoas continuaram a provar o bolo, incluindo Neuza e Maida, que infelizmente faleceriam em decorrência do envenenamento.

Quais foram as consequências imediatas?

Após consumir o bolo, muitos dos presentes começaram a se sentir mal, incluindo Zeli, que experimentou vômitos e outros sintomas graves. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado para socorrer as vítimas mais afetadas. Tatiana, Maida, e Neuza não resistiram, enquanto outras pessoas, como Zeli e seu sobrinho-neto Mateus, foram hospitalizadas mas se recuperaram.

A motivação por trás do suposto ato de Deise permanece incerta. Informações do inquérito indicam uma possível disputa familiar envolvendo Zeli, que pode ter contribuído para o desenrolar dos eventos. Diego, filho de Zeli, relatou uma briga com Deise sobre onde sua mãe deveria passar o Natal, sugerindo conflitos internos que poderão ter estimulado ações extremas.

A perícia e o processo investigativo

A perícia do bolo confirmando a presença de arsênio foi crucial para fundamentar as acusações contra Deise. As investigações continuam, aguardando por mais diligências antes que o caso seja completamente elucidado. Deise, que foi detida em 5 de janeiro de 2024, encontra-se em prisão temporária enquanto as autoridades prosseguem com a apuração dos fatos.

A denúncia evidencia não apenas a vulnerabilidade das relações familiares, mas também a potencialidade letal de conflitos interpessoais exacerbados. Este caso permanece como um lembrete triste da precaução necessária ao se lidar com desavenças em contextos familiares.

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