coleta de dados biométricos

Empresa interrompe escaneamento de íris no Brasil após repercussão negativa

A Tools for Humanity anunciou, nesta terça-feira (11), a suspensão temporária do serviço de escaneamento de íris no Brasil.
Empresa oferecia criptomoedas em troca do escaneamento da íris – Crédito: Canva Fotos

A Tools for Humanity anunciou, nesta terça-feira (11), a suspensão temporária do serviço de escaneamento de íris no Brasil. A decisão ocorre após a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) proibir os pagamentos pela coleta de dados biométricos, medida que impacta diretamente o projeto Worldcoin no país.

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Em nota, a empresa afirmou que respeita a determinação da ANPD e que a paralisação ocorre de forma “voluntária e temporária”. Embora tenha entrado com um recurso suspensivo contra a decisão, a companhia decidiu interromper a verificação de íris enquanto busca esclarecimentos junto às autoridades.

Apesar da suspensão do serviço, os pontos físicos da empresa seguem abertos. A Tools for Humanity pediu “desculpas por qualquer inconveniente” às pessoas que estavam interessadas na verificação e reafirmou seu compromisso com as leis locais.

“A World segue seu compromisso em cumprir com as leis nos mercados onde opera e continuará trabalhando para garantir transparência e entendimento público desse serviço essencial, que busca aumentar a segurança e confiança online na era da IA”, declarou a empresa.

Até o dia 29 de janeiro, cerca de 500 mil brasileiros já haviam realizado o escaneamento da íris em troca de criptomoedas na cidade de São Paulo.

Como funciona o escaneamento de íris?

O serviço da Tools for Humanity utiliza câmeras avançadas para registrar a íris do usuário e gerar um código único chamado World ID. Esse identificador, segundo a empresa, permite distinguir humanos de inteligências artificiais, reforçando a segurança digital.

A CNN visitou um dos 53 pontos de escaneamento da empresa em São Paulo, localizado no bairro da Bela Vista. No local, os usuários eram recebidos em uma sala equipada apenas com uma televisão, onde um vídeo explicativo detalhava o funcionamento do World ID.

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No corredor de acesso, quatro dispositivos esféricos acoplados a hastes metálicas realizavam a captação biométrica. Os atendentes explicavam que a iniciativa busca impedir que inteligências artificiais se passem por humanos na internet.

De acordo com uma simulação feita pela CNN, o escaneamento da íris dava direito a um valor em criptoativos equivalente a cerca de R$ 500. “Você pode sacar quando quiser”, afirmou uma atendente.


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