Campo Grande

Ex-miss é apontada como membro de quadrilha que usava moradores de rua para estelionato

A denúncia foi feita em setembro do ano passado, quando um homem foi orientado a comprar um iPhone com a suspeita, que comercializava os aparelhos

Diversas vítimas adquiriram celulares da ex-miss, e em uma das situações, uma pessoa foi ameaçada com um revólver. Imagem ilustrativa – Crédito: Mídia Max

Uma ex-miss de Mato Grosso do Sul está sendo acusada de integrar uma organização criminosa que utilizava dados de pessoas em situação de rua e usuários de drogas para comprar celulares e revendê-los em Campo Grande. As investigações tiveram início em setembro de 2023, após uma das vítimas denunciar o esquema à Polícia Civil. Três líderes da quadrilha deixaram o Estado para dificultar as investigações.

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A denúncia foi feita em setembro do ano passado, quando um homem foi orientado a comprar um iPhone com a ex-miss, que comercializava os aparelhos. Diversas vítimas adquiriram celulares dela, e em uma das situações, uma pessoa foi ameaçada com um revólver. A quadrilha enviava os celulares, até mesmo pelos Correios, para outras cidades do Estado.

Os celulares eram vendidos por valores entre R$ 3.900 e R$ 6 mil, sem nota fiscal, apenas com uma garantia de 12 meses fornecida ao comprador. Quando a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (Decon) tomou conhecimento do esquema, lançou a ‘Operação Online’ para desmantelar a quadrilha.

Dois funcionários da ex-miss, que participavam do esquema emitindo notas fiscais para a revenda dos aparelhos, ainda devem ser ouvidos e estão negociando, através de advogados, sua apresentação à delegacia para esclarecimentos.

A quadrilha atuava abordando moradores de rua e usuários de drogas nas ruas de Campo Grande. Esses indivíduos, sem restrições de crédito, eram levados a uma loja de departamento onde abriam crediários. Com isso, os membros da quadrilha compravam iPhones parcelados e revendiam os aparelhos. A entrada era paga, mas as parcelas subsequentes não, garantindo lucros aos estelionatários com a revenda dos celulares.

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O grupo operava há pelo menos um ano e meio. Três funcionários da loja de departamentos, incluindo o gerente, estavam envolvidos e foram demitidos após o alto número de inadimplências. Segundo informações, a demissão ocorreu devido ao elevado número de vendas não pagas pelos funcionários.

No dia 10 deste mês, um dos funcionários demitidos foi preso pela equipe da Decon, com um mandado de prisão em aberto por violência doméstica.

Um dos funcionários da loja teria vendido 18 aparelhos, segundo as investigações. Os outros funcionários cooptados pela quadrilha alegaram desconhecer o crime e não foram detidos, mas prestaram depoimento na delegacia.

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