Fábrica do Butantan não fica pronta a tempo e atrasa produção nacional de vacinas

O novo centro, que possui três andares e 7.885 m2, ainda aguarda a chegada dos equipamentos para produzir os imunizantes

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Centro Multipropósito para Produção de Vacinas (CMPV), nova fábrica em construção no Instituto Butantan, zona oeste de São Paulo. (Crédito: Instituto Butantan/Divulgação)

A construção da nova fábrica de vacinas do Instituto Butantan foi finalizada. Contudo, a obra deveria ter sido entregue em setembro de 2021, mas houve um atraso na finalização, e o Centro Multipropósito para Produção de Vacinas (CMPV) foi entregue no início de 2022.

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Apesar da obra estar concluída, a produção nacional da vacina Coronavac, hepatite, HPV e outras quatro vacinas não deve começar tão cedo. O novo centro, que possui três andares e 7.885 m2, ainda aguarda a chegada dos equipamentos para produzir os imunizantes.

O Butantan recebeu financiamento de 35 empresas que fizeram doações por meio do Comunitas, organização civil que é responsável por capitanear recursos privados para a construção em parceria com o governo estadual, em um total de R$ 189 milhões.

De acordo com o instituto, nos próximos meses será feita a instalação de equipamentos e maquinários que são, em sua maioria, importados, o que reflete também no atraso. A etapa seguinte é de automação e depois certificação pelos órgãos competentes.

A produção em escala de vacinas passa por um rígido controle de qualidade. No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) faz visitas às fábricas e dá o aval para a produção, o chamado certificado de Boas Práticas de Fabricação (BPF).

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Hoje (17), o instituto possui 15 milhões de doses do imunizante parados, produzidos com IFA chinês e envasados na fábrica paulista. As doses, que foram recusadas pelo Ministério da Saúde para a campanha de vacinação contra a Covid-19, seguem sem destino certo.

Uma possível utilização dessas vacinas seria para a imunização de crianças, caso haja a aprovação da Anvisa para as pessoas de 3 a 17 anos. Até o momento, a Coronavac recebeu autorização de uso emergencial em pessoas acima de 18 anos.

Tudo indica que, nesta semana, a Anvisa irá decidir se libera o uso da Coronavac em crianças.

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Hoje (17), a Coronavac completa um ano desde que a vacina chegou pela primeira vez aos braços dos brasileiros.

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