Um trágico acidente de carro resultou na morte de Maria Cláudia Santos Freitas, de 44 anos, em agosto de 2024, em Uberlândia. A princípio, o acontecimento foi percebido como um acidente infeliz, mas uma investigação aprofundada revelou novos fatos. As investigações conduzidas pela Polícia Civil indicaram que o marido da vítima, Aldo Fabiano Angelotti, foi o responsável pela colisão intencional do veículo, levando a sua prisão nesta quinta-feira, 5.
Maria Cláudia estava no banco do passageiro quando o carro colidiu com uma árvore. Após meses de investigação, a polícia concluiu que Aldo, que dirigia o carro alugado, premeditou o ato. O objetivo seria reivindicar R$ 1 milhão do seguro de vida em benefício próprio. Aldo Fabiano foi preso em casa, meses após o trágico evento.
Detalhes do acidente fatal
A investigação do caso revelou uma linha do tempo intrigante que levou à suspeita de homicídio. Após reatar o relacionamento no início de 2024, Aldo Fabiano teria estabelecido um plano para obter ganhos financeiros. Ele escolheu cuidadosamente o modelo do carro alugado em abril de 2024, e várias apólices de seguro foram assinadas em nome de Maria Cláudia. Em 30 de agosto de 2024, o carro alugado colidiu com uma árvore, sem testemunhas ou câmeras para registrar o incidente.
A Polícia Civil levantou suspeitas sobre a intencionalidade do acidente durante as perícias no local. A falta de marcas de frenagem e a condição do carro contrastavam com a explicação de Aldo, que alegou que o sol atrapalhou sua visão. Adicionalmente, o fato de o airbag do passageiro ter sido desativado contribuiu para as suspeitas contra o suspeito.
Quais provas foram cruciais na acusação?
Os peritos observaram que o local do acidente era uma via plana e em boas condições, com um único obstáculo robusto: a árvore atingida. A confirmação de que o carro trafegava acima do limite de velocidade estabelecido na via e que o dispositivo do airbag de Maria Cláudia estava manualmente desativado impulsionou a investigação da polícia. Uma visita a uma concessionária revelou que o painel do carro teria informado a desativação do airbag, sugerindo que Aldo sabia sobre a falha.
Com base nessas evidências, a Polícia Civil formalizou o indiciamento de Aldo Fabiano em 25 de novembro de 2024. A acusação sólida, construída sobre evidências periciais, testemunhos e análise minuciosa do local, levou à sua prisão subsequente em 5 de dezembro.