Inovação Logística: A chegada dos trens “Double Stack” em cidades do Brasil

Trilhos – Créditos: depositphotos.com / gjp1991

A introdução dos trens de dois andares, conhecidos como double stack, está transformando o cenário logístico no Brasil. Essa tecnologia, reconhecida por sua eficiência nos Estados Unidos, está agora sendo utilizada para impulsionar o transporte ferroviário brasileiro. Entre os locais beneficiados por essa inovação estão Sumaré, em São Paulo, e Rondonópolis, no Mato Grosso, aumentando a capacidade de transporte de contêineres e promovendo práticas mais sustentáveis.

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Nos últimos anos, o uso dos trens double stack tem se expandido, com mais de 170 mil contêineres transportados nesta rota específica. Este modus operandi resultou em ganhos significativos de eficiência, estimados em 40%, e reduziu a emissão de poluentes, demonstrando seu potencial para revolucionar o transporte de mercadorias no Brasil.

Como Funcionam os Trens Double Stack?

Os trens double stack operam com contêineres empilhados, maximizando o uso do espaço e permitindo o transporte de duas vezes a quantidade de carga em comparação com trens convencionais. No Brasil, esta tecnologia requer adaptações significativas na infraestrutura ferroviária, incluindo ajustes nos terminais e nas vias para acomodar a altura dos vagões.

Trem – Créditos: depositphotos.com / rcarner

Qual é o Impacto Econômico e Ambiental?

A implementação dos trens double stack trouxe múltiplos benefícios econômicos e ambientais. Ao aumentar a eficiência do transporte de cargas, eles reduzem custos operacionais e a dependência do transporte rodoviário, que é mais poluente. Além disso, essa modalidade de transporte oferece vantagens como maior previsibilidade e segurança, o que atrai novos clientes e diversifica as cargas transportadas.

  • Redução significativa nas emissões de gases de efeito estufa.
  • Menor dependência de caminhões, diminuindo o congestionamento nas rodovias.
  • Aumento da competitividade do sistema logístico brasileiro.

Quais são as Melhorias na Infraestrutura Ferroviária?

Para integrar os trens double stack no sistema brasileiro, foram necessárias amplas intervenções na infraestrutura ferroviária. Isso incluiu a aquisição de novos vagões e locomotivas, além de modificações em mais de 60 pontos da rota, como a elevação de viadutos e o rebaixamento de trilhos para adequar a rede à nova tecnologia.

  1. Aquisição de 148 vagões e três locomotivas iniciais, expandindo para 298 vagões.
  2. Reformas em 60 locais ao longo da rota, incluindo elevação de viadutos e remanejamento de fios.

Como o Projeto se Consolida no Cenário Latino-Americano?

A rota entre Sumaré e Rondonópolis representa a primeira operação desse tipo na América Latina, destacando-se pela inovação e capacidade de carga. O sucesso do projeto ilustra o potencial das ferrovias para competir com outros modos de transporte na região, apresentando-se como uma solução eficiente e sustentável.

Esses esforços não apenas fortalecem a integração econômica entre São Paulo e Mato Grosso, mas também mostram que a tecnologia pode servir de modelo para outras rotas no Brasil e em países vizinhos, sinalizando um novo caminho para o transporte ferroviário nacional.

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