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Jovem morre aos 22 anos após ser vítima de notícias falsas de página de fofoca

Published 23/12/2023
A notícia do falecimento da mineira, que teve as conversas vazadas na web pela página de fofoca Choquei, foi confirmada pela família dela.

Jéssica Vitória Canedo - Crédito: Reprodução/Instagram

A jovem Jéssica Vitória Canedo, de 22 anos, que foi apontada como o novo romance do humorista Whindersson Nunes, morreu na última sexta-feira (22). A notícia do falecimento da mineira, que teve as conversas vazadas na web pela página de fofoca Choquei, foi confirmada pela família dela por meio das redes sociais.

“Nota de falecimento: É com muito pesar que informamos que nessa manhã do dia 22/12 a Jéssica não resistiu a depressão e tanto ódio e veio a óbito. Será sepultada hoje e o enterro será amanhã”, disse o comunicado.

Os prints do suposto diálogo com o humorista surgiram na web no dia 18 deste mês, quando a Choquei publicou o suposto bate-papo entre eles, com a chamada: “Veja: São divulgados prints de conversas de Whindersson Nunes com sua nova affair”

No entanto, o próprio Whindersson negou e afirmou que nunca havia conhecido Jéssica . “Eu não faço ideia de quem seja essa moça e isso é um print fake”, se defendeu à época. A Choquei é uma página com 22 milhões de seguidores no Instagram e 6 milhões de seguidores no X (antigo Twitter), cujo proprietário é o goiano Raphael Sousa.

Com a repercussão do caso, incluindo a atuação de páginas famosas em redes sociais como o Instagram e X, Jéssica começou a sofrer ataques recorrentes e pediu para que eles cessassem.

“Ficou bem óbvio que o intuito disso é me ridicularizar, da mesma forma que já tentaram outras vezes. Eu já perdi pessoas das quais eu amava demais por conta desse tipo de coisa. Sendo assim, eu pergunto: por quê? Qual a intenção por trás de tudo isso? Qual a graça que existe em infernizar a vida de alguém dessa maneira?”, escreveu em um trecho publicado em seu perfil.

“E eu quero fazer uma pergunta diretamente para quem está fazendo isso: o que ou quanto você está ganhando? Se seu problema é comigo, se você tem algo contra mim, por que não me chama e a gente resolve isso de uma vez por todas? Até quando você vai ficar fazendo esse tipo de ‘brincadeira’? Até quando você vai fazer com que eu seja ridicularizada, xingada, ameaçada, e continue perdendo pessoas que eu amo?”, continuou.

De acordo com uma amiga de Jéssica, que se pronunciou em suas redes sociais, a jovem estava recebendo muitas mensagens negativas após ter sido associada ao artista: “Infelizmente minha revolta não traz a vida novamente. Deveriam pôr um pouco a mão na consciência e um pouco mais de amor no coração”.

“Só peço que Deus conforte o coração de sua família e de todos aqueles que tanto te amavam. Me pergunto até onde vai a maldade humana e me revolto em saber que pessoas são capazes de tudo!”, acrescentou, referindo-se aos ataques que a colega estava sofrendo depois que foi exposta.

Logo depois da notícia da morte de Jéssica, os prints com os supostos diálogos publicados por perfis de fofoca, incluindo a principal percursora da notícia, a página Choquei, foram removidos das redes sociais.

Em nota de sua assessoria à Quem, Whindersson Nunes lamentou a morte da jovem e se mostrou “perplexo” com o que aconteceu. “A Nonstop Produções S.A., escritório responsável pelo gerenciamento de Whindersson Nunes, vem a público manifestar o posicionamento do artista sobre a dimensão catastrófica de uma história inventada a partir de uma fake news”, começou.

“Nesta sexta-feira (22), Whindersson Nunes foi surpreendido com a triste notícia do falecimento da jovem Jessica. Perplexo com o desencadeamento desse novo massacre público proporcionado pelo uso negativo das redes sociais, o artista lamenta. ‘Estou extremamente triste. Voltei ao dia em que perdi meu filho. Que ninguém passe pela dor de enterrar um filho’”, seguiu o comunicado. A empresa ainda destacou que a companhia e o comediante “prestam solidariedade à família da jovem Jessica, bem como repudiam, veementemente, o linchamento virtual e o uso nocivo das redes sociais”.

*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini

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