La Niña 2025: efeitos climáticos no Brasil e previsões para o ano

La Niña 2025: Efeitos climáticos no Brasil e previsões para o ano
– Crédito: Divulgação/Inmet

O La Niña é um fenômeno climático conhecido por influenciar de maneira significativa as condições meteorológicas globais. Ele se caracteriza por um resfriamento anormal das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial, diferindo do El Niño, que corresponde a um aquecimento dessas águas. Este fenômeno é parte da oscilação climática conhecida como El Niño-Oscilação Sul (ENOS), que afeta diversos padrões climáticos ao redor do mundo.

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As condições que definem o La Niña incluem uma queda de pelo menos 0,5°C nas temperaturas médias das águas do Pacífico, além de modificações atmosféricas, como o fortalecimento dos ventos alísios e alterações na circulação de Walker. Estes elementos, juntos, proporcionam mudanças consideráveis no clima global, influenciando desde a distribuição de chuvas até variações de temperatura.

Como o La Niña afeta o clima?

A presença do La Niña gera efeitos distintos em diferentes regiões do planeta. No Brasil, por exemplo, o fenômeno tende a causar uma redução nas chuvas no Sul, enquanto aumenta a precipitação no Norte e Nordeste. Tal distribuição desigual pode resultar em estiagens significativas no Sul do Brasil, afetando potencialmente a produtividade agrícola, especialmente em estados como o Rio Grande do Sul.

Além da alteração nas chuvas, o La Niña também influencia as massas de ar e o comportamento das temperaturas. Durante o fenômeno, é comum a entrada de massas de ar frio no Sul do Brasil, o que pode contribuir para ondas de frio fora de época. Em contrapartida, também aumenta a probabilidade de ondas de calor durante o verão, devido à redução das chuvas.

Chance de 60% de La Niña no final do ano pode alterar o clima global!
Mar agitado – Créditos: depositphotos.com / NataliiaK

Quais são as previsões para 2025?

De acordo com dados recentes, o La Niña anunciado pela NOAA deve ser relativamente curto e fraco, com previsões sugerindo sua duração entre três a cinco meses. Este caráter breve contrasta com anos anteriores onde o La Niña foi prolongado, como entre 2020 e 2023. As projeções climáticas para o trimestre de verão em 2024 indicam uma probabilidade de 72% de La Niña, fator que aumenta o risco de chuvas irregulares no Sul do Brasil durante esta estação.

No entanto, a situação é amparada por condições de solo mais úmidas, resultado das chuvas de 2024, o que minimiza os impactos negativos potenciais sobre a agricultura. Mesmo assim, é vital manter o monitoramento constante, pois a escassez hídrica pode ter consequências importantes sobre o setor agrícola.

O que esperar para os próximos meses?

O La Niña pode influenciar significativamente a meteorologia nos próximos meses. Além do impacto direto nas chuvas, o fenômeno reflete em mudanças de temperatura globais, como uma leve redução no aquecimento planetário. De acordo com estimativas, o fenômeno terá maior influência nas estações iniciais de 2025, com chances de se dissipar gradualmente rumo ao outono.

Para a comunidade agrícola e as populações das regiões afetadas, a preparação e adaptação às condições criadas pelo La Niña são essenciais. A vigilância constante sobre alterações climáticas e a implementação de estratégias viáveis para diminuir os impactos adversos poderão assegurar uma maior resiliência diante do fenômeno.

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