
O fenômeno La Niña é conhecido por causar o resfriamento das águas do Oceano Pacífico Equatorial, influenciando significativamente o clima global. Este fenômeno ocorre devido a variações na circulação atmosférica tropical, afetando ventos, pressão e precipitações. Apesar de sua presença ser sentida em 2025, sua intensidade foi menor do que o esperado, segundo a Organização Mundial de Meteorologia (OMM).
O La Niña tem um papel importante na modulação das condições climáticas, mas a sua influência pode ser limitada pelas mudanças climáticas globais. As temperaturas da superfície do Pacífico Equatorial estão atualmente abaixo da média, mas a expectativa é que retornem rapidamente ao normal. Este comportamento é atribuído ao aquecimento global, que está elevando as temperaturas dos oceanos e, consequentemente, alterando padrões climáticos tradicionais.
Como o La Niña afeta o clima no Brasil?
No Brasil, o La Niña provoca mudanças significativas no clima. De acordo com o Climatempo, o fenômeno pode resultar em um aumento das chuvas nas regiões Norte e Nordeste, enquanto o Centro-Sul e o Sul experimentam condições mais secas. Além disso, a entrada de massas de ar frio no Sul e Sudeste pode gerar maior variação térmica nessas áreas.
Essas alterações climáticas têm impactos diretos em diversos setores, como a agricultura e a gestão de recursos hídricos. No entanto, é importante considerar que outros fatores, como a temperatura do Oceano Atlântico, também podem influenciar ou atenuar os efeitos do La Niña no Brasil.

O Que Esperar do Clima em 2025?
As previsões climáticas para 2025 indicam um cenário de incerteza. A probabilidade de que as condições climáticas retornem a um estado “neutro” — sem a presença de El Niño ou La Niña — é de 60% a 70% nos próximos meses. Essa transição para condições neutras pode trazer estabilidade, mas também exige monitoramento contínuo para prever possíveis mudanças.
Embora o La Niña seja conhecido por seus efeitos de resfriamento, ele não é suficiente para compensar os impactos do aquecimento global. O mês de janeiro de 2025 foi registrado como o mais quente já observado, destacando a necessidade de ações climáticas mais abrangentes para mitigar os efeitos das mudanças climáticas.
Por que as previsões climáticas são cruciais?
As previsões climáticas desempenham um papel vital na preparação e resposta a eventos climáticos extremos. Elas permitem que governos e setores econômicos, como agricultura e energia, tomem decisões informadas para minimizar riscos e danos. A secretária-geral da OMM, Celeste Saulo, destaca que essas previsões podem resultar em economias significativas e salvar vidas ao facilitar a preparação para desastres naturais.
Com o avanço das mudanças climáticas, a importância de previsões precisas e intervenções rápidas se torna ainda mais evidente. A capacidade de antecipar eventos climáticos extremos e adaptar estratégias de mitigação é essencial para enfrentar os desafios climáticos futuros.
Eclipse da Lua de Sangue será visível em todo o Brasil esta semana
Siga a gente no Google Notícias