Produtos como lubrificante vaginal de cannabis eram entregues pelos Correios e vendidos por traficantes para todo o Brasil. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e a Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO), em conjunto, prenderam quatro pessoas envolvidas na venda destes e outros produtos.
A operação, batizada de “Aruanda”, desmantelou um esquema que comercializava ilegalmente óleos e alimentos enriquecidos com a planta pela internet; as prisões ocorreram em Brasília (DF) e Pirenópolis (GO).
Entre os itens apreendidos estavam chocolates e brownies. A polícia constatou que os suspeitos prometiam a “cura” para diversas doenças, utilizando produtos feitos com cannabis. O frasco de lubrificante, com o nome de “xapa x***”, custava R$ 929.
Esquema de vendas de produtos com cannabis
Os traficantes utilizavam as redes sociais para divulgar e vender os produtos. Além disso, realizavam diagnósticos, prescrições e recomendavam dosagens aos clientes, caracterizando o exercício ilegal da medicina. O delegado Waldek Fachinelli, responsável pela operação, explicou que o laboratório do grupo criminoso estava localizado em Pirenópolis.
Receitas para animais
De acordo com a investigação, o grupo também comercializava drogas para animais de estimação. Os suspeitos prescreviam produtos feitos com cannabis para pets, caracterizando prática ilegal. Além das drogas para consumo humano e animal, também eram vendidos alimentos com entorpecentes, além de produtos com cogumelos alucinógenos.
Consequências legais para os envolvidos
As pessoas presas na operação podem enfrentar até 39 anos de prisão. Os crimes pelos quais serão julgados incluem:
- Exercício ilegal da medicina;
- Curandeirismo e charlatanismo;
- Tráfico de drogas interestadual;
- Associação para o tráfico;
- Disseminação de espécies que possam causar dano à agricultura, à flora e aos ecossistemas (crime ambiental).
Produtos apreendidos: o que será feito?
Todos os produtos apreendidos serão incinerados, conforme informado pela polícia. Esta é a primeira vez que a Delegacia Especializada em Repressão às Drogas (CORD) apreende materiais desse tipo. A operação contou com a colaboração dos Correios, que auxiliaram na investigação e na coleta de informações sobre o envio dos produtos.
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