crise climática

Mais de mil cidades no Brasil estão em situação de seca extrema ou severa

Esse crescimento expressivo é um indicador alarmante do agravamento das condições ambientais e de sua extensão pelo país

Os efeitos da seca são sentidos por todo o país, com alguns estados enfrentando situações climáticas críticas
Os efeitos da seca são sentidos por todo o país, com alguns estados enfrentando situações climáticas críticas – Crédito: Reprodução Télam / Governo da Argentina)

O aumento drástico da seca no Brasil tem gerado alertas significativos. No último levantamento do Cemaden, mais de mil cidades estão categorizadas entre os níveis mais críticos de seca, se comparado com o ano anterior, onde apenas 45 municípios estavam nestas condições. Esse crescimento expressivo é um indicador alarmante do agravamento das condições ambientais e de sua extensão pelo país.

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Mesmo com a finalização do fenômeno El Niño, que historicamente reduz os níveis de precipitação, esperava-se uma melhora que não foi observada. O cenário é preocupante e impacta severamente a agricultura, o abastecimento de água e a qualidade do ar. Prejuízos econômicos e sociais já são notados, especialmente em estados como São Paulo, Amazonas e Mato Grosso.

Qual a extensão atual da seca no Brasil?

O Cemaden classifica a seca em quatro categorias, sendo “extrema” e “severa” as mais preocupantes. Atualmente, 1.024 municípios estão nestes índices, um crescimento alarmante levando em conta dados do ano anterior. Os incêndios florestais acompanham essa tendência, apresentando o maior número de focos dos últimos dez anos, de acordo com o Inpe.

Os efeitos da seca são sentidos por todo o país, com alguns estados enfrentando situações críticas. No Norte, o Amazonas e Rondônia declararam situação de emergência devido ao baixo nível dos rios. Já no Sudeste, São Paulo e Espírito Santo vivenciam uma redução drástica nos volume de seus reservatórios, complicando ainda mais o cenário de abastecimento e produção agrícola.

No Centro-Oeste, a situação também é grave, especialmente no Mato Grosso do Sul, onde o rio Perdido secou significativamente, afetando o abastecimento de água e a agricultura local. Estes impactos têm forçado a adoção do transporte de água via caminhão-pipa, uma solução emergencial e pouco sustentável a longo prazo.

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Segundo especialistas do Cemaden, a previsão para os próximos meses não é positiva, com a expectativa de que a seca ainda possa se intensificar. A esperança reside no fenômeno La Niña, previsto para começar em agosto, que poderia contribuir para um aumento nas precipitações e, possivelmente, uma mitigação da seca. Contudo, será necessário que este fenômeno seja forte o suficiente para impactar positivamente o cenário atual.

É essencial que estratégias de longo prazo sejam elaboradas para combater e prevenir os impactos da seca, uma vez que a frequência e intensidade desses eventos climáticos extremos tendem a aumentar devido às mudanças climáticas globais. O envolvimento de políticas públicas eficazes, investimento em infraestrutura sustentável e conscientização da população são passos cruciais para enfrentar essa severa situação.

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