A acessibilidade nos aeroportos é um tema de grande relevância para garantir que todos os passageiros, especialmente aqueles com deficiência, tenham uma experiência de viagem confortável e sem barreiras. Subordinada ao Ministério de Portos e Aeroportos, a Secretaria Nacional de Aviação Civil, em colaboração com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), está promovendo uma pesquisa para coletar dados sobre a acessibilidade em aeroportos de todo o Brasil.
Esta pesquisa, que teve início em outubro de 2023 e se estenderá até dezembro de 2027, busca compreender melhor as necessidades dos passageiros com deficiência e implementar melhorias efetivas. Uma ferramenta essencial neste processo é um questionário abrangente que permite aos participantes comentarem suas experiências e sugerirem melhorias.
Como funciona o projeto de acessibilidade?
O projeto se desenvolve em várias etapas, começando com a coleta de dados por meio de um questionário, que aborda diferentes aspectos da experiência dos passageiros com deficiência. Esses dados são cruciais para identificar e implementar práticas de acessibilidade que já se mostram eficazes.
Desde o início da iniciativa, foram listadas 92 práticas de acessibilidade que servem como padrão para avaliar e classificar os aeroportos brasileiros. Cada aeroporto recebe um selo de acordo com seu desempenho em tornar seu ambiente acessível, o que fornece uma visão clara das áreas necessitadas de melhorias. Esta abordagem busca não apenas melhorias pontuais, mas assegurar que as práticas bem-sucedidas sejam reconhecidas e replicadas em outros locais.
Qual é o impacto das melhores práticas internacionais de acessibilidade?
Para aumentar o padrão de acessibilidade, os pesquisadores do projeto visitaram aeroportos em outros países, observando as soluções adotadas internacionalmente. O uso de tecnologias assistivas, como aplicativos semelhantes ao Be My Eyes, que conecta pessoas com deficiência visual a voluntários através de câmeras, é um exemplo de prática positiva que está sendo considerado para implementação no Brasil.
Além das tecnologias, a disponibilidade de infraestrutura como cães-guia está em fase de desenvolvimento, sendo uma das iniciativas a serem aprimoradas e implementadas com base nas melhores práticas observadas internacionalmente.
Um dos principais desafios destacados pelo coordenador do projeto, Luiz Antonio Tonin, é a falta de comunicação eficiente entre as companhias aéreas, os aeroportos e os passageiros com deficiência. Problemas de comunicação muitas vezes levam a situações desconfortáveis, como o embarque ou desembarque por portões distantes da base central, exigindo deslocamentos complicados e desnecessários.
Como participar?
Os interessados em contribuir com suas experiências e opiniões podem acessar o questionário na plataforma Participa + Brasil, que será parte integrante de um esforço maior para criar um Manual de Acessibilidade na Aviação Civil. Este manual servirá como um guia para melhorar permanentemente a experiência de viagem para pessoas com deficiência nos aeroportos do Brasil.
👩🏾🦯A data instituída pelas @nacoesunidas sublinha a necessidade da adoção de medidas em favor da dignidade da #PessoaComDeficiência. Saiba mais e conheça as iniciativas do @STF_oficial nesse sentido🧶⤵️#Acessibilidade #PraTodosVerem #PraCegoVer: contém descrição acessível pic.twitter.com/xxdjfoj0My
— STF (@STF_oficial) December 3, 2024
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