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Moraes dá 15 dias para PF fazer relatório sobre inquérito que investiga Bolsonaro

Published 03/05/2022
Ministro Alexandre de Moraes

(Crédito: Carlos Moura/SCO/STF)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Federal apresente, em 15 dias, um relatório sobre o material obtido com a quebra de sigilo de mensagens no inquérito que apura o suposto vazamento de dados sigilosos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

A decisão de Moraes ocorre após a Procuradoria-Geral da República pedir o arquivamento da investigação e a PF afirmar que viu indícios de que o presidente Bolsonaro cometeu crime ao divulgar os dados sigilosos.

Segundo Moraes, o material da quebra de sigilo é fundamental para a análise da PGR.

Moraes determina que o relatório seja “minucioso” com a análise.

No despacho, assinado nesta segunda-feira (2) e divulgado hoje, Moraes diz que o inquérito investiga “as condutas do Presidente da República Jair Messias Bolsonaro, do deputado federal Filipe Barros e do delegado da Polícia Federal Victor Neves Feitosa Campos sobre a divulgação de dados do inquérito sigiloso da PF, “por meio de perfis verificados nas redes sociais, com o objetivo de expandir a narrativa fraudulenta contra o processo eleitoral brasileiro, com objetivo de tumultuá-lo, dificultá-lo, frustrá-lo ou impedi-lo, atribuindo-lhe, sem quaisquer provas ou indícios, caráter duvidoso sobre a lisura do sistema de votação no Brasil.

Relembre o caso

Em agosto de 2021,o presidente Bolsonaro divulgou nas redes sociais a íntegra de um inquérito da Polícia Federal que apura suposto ataque ao sistema interno do TSE em 2018 – e que, conforme o próprio tribunal, não representou qualquer risco às eleições. Por lei, qualquer servidor público tem obrigação de proteger informações sigilosas.

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